HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Maioria dos casamentos realizados
em 2012 foram civis
A grande maioria (62%) dos casamentos realizados em Portugal em 2012
foram civis, o que traduz "mudanças culturais profundas" na sociedade
portuguesa, segundo o relatório do Observatório das Famílias e das
Políticas de Família (OFAP).
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Em
2012 realizaram-se 34.423 casamentos (menos 1.612 do que em 2011),
número que já inclui os casamentos entre pessoas do mesmo sexo (266 em
2012), permitido desde 2010.
Segundo o relatório, "a diminuição da
nupcialidade é um indicador de mudanças profundas na formação do
casal", que se acentuaram ao longo da última década.
Por um lado, o casamento religioso deixou de ser predominante, representando apenas 38% dos casamentos em 2012.
Em
contrapartida, aumentou de "forma expressiva" os casamentos civis, que
passaram de 9% em 1960 para 62% em 2012, traduzindo "mudanças culturais
profundas" na sociedade, relativas não só aos rituais de formação do
casal, como também à substituição do casamento enquanto sacramento
religioso pelo casamento enquanto contrato social".
Dados do
relatório indicam que, entre 2000 e 2012, a percentagem de casais que
vive junto antes de casar aumentou de 13,3% para 49,6%, o que também
revela "mudanças profundas no sentido de um maior experimentalismo na
conjugalidade, a par do declínio do casamento como momento institucional
de transição no percurso de vida".
"A experimentação da
coabitação conjugal tornou-se um valor fundamental, cada vez mais
aceite", principalmente entre os mais jovens.
Contudo, a maior
parte dos casais coabitantes ainda tende a casar antes de ter filhos: em
2009, apenas 10% tinham filhos comuns anteriores ao casamento, valor
que, no entanto, é mais do dobro do registado em 1995.
Na última
década registou-se também um "aumento significativo" do número de
segundos casamentos e seguintes, que passaram de 13,2% do total de
casamentos em 2000 para 27,1% em 2012.
Sobre os divórcios, o
relatório adianta que a tendência de aumento que vinha a ser registada
desde 1975, apresentou um ligeiro decréscimo em 2011 e 2012.
Também
a forma como as pessoas se divorciam "mudou consideravelmente nas
últimas décadas, em grande parte devido a mudanças legislativas".
A percentagem de divórcios litigiosos" diminuiu de 37,9% em 1980 para 13,5% em 2000.
Em
2011, já após a mudança operada no código civil, 68% dos processos de
divórcio que deram entrada nas conservatórias do registo civil foram
"por mútuo consentimento", tendo os restantes seguido a via judicial.
Destes
últimos, 16,2% acabaram por resultar em divórcios "por mútuo
consentimento", 80% em "sem consentimento de um dos cônjuges" e apenas
4% em "litigiosos".
Por outro lado, a percentagem de crianças
nascidas fora do casamento mais do que duplicou ao longo da última
década, passando de 22% do total de bebés nascidos em 2000, para 46% em
2012, "o que espelha a aceitação progressiva da parentalidade fora do
casamento".
No entanto, adianta o relatório, "é de realçar um
ligeiro aumento dos nascimentos fora do casamento sem coabitação dos
pais desde 2000, que se fixa em 13% em 2012".
Esta tendência foi
acompanhada pela diminuição acentuada do peso dos bebés de mães
adolescentes no total destes nascimentos: 9,5% em 2012, face a 29,5% em
2005.
* A decrépita "concordata" a perder terreno, falta minar a Opus Dei e a Maçonaria!
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