QUESTÕES
A 2014
2.Os salários no privado vão aumentar?
por Nuno Aguiar
A evolução dos salários tem sido um dos principais
temas de debate nos últimos meses em Portugal, dividindo o Governo e a
troika. Para o próximo ano, o Banco de Portugal antecipa um crescimento
das remunerações do sector privado. A Comissão Europeia, contudo, que
tem apenas dados para toda a economia (incluindo sector público), espera
nova queda dos salários.
No Boletim Económico de Inverno,
publicado a 10 de Dezembro, o banco central refere que as suas previsões
incluem "algum aumento dos salários do sector privado ao longo do
horizonte de projecção" – 2014 e 2015 –, o que contribuirá para que os
custos unitários do trabalho no sector privado apresentem uma variação
positiva, embora reduzida, em 2014 e 2015".
A instituição liderada por Carlos Costa avisa, ainda assim, que "a
manutenção de condições relativamente desfavoráveis no mercado de
trabalho, que implicarão um quadro de moderação salarial, deverá também
condicionar a evolução das remunerações no sector privado".
Já a Comissão Europeia, cujas projecções não fazem distinção entre sector público e privado, espera que as remunerações continuem a cair em Portugal nos próximos dois anos (-0,8% em 2014 e -0,2% em 2015).
O ajustamento dos salários do privado provocou um braço de ferro entre os credores e o Executivo, com os primeiros a desejarem uma maior flexibilização das remunerações. "Há uma diferença de opinião entre Portugal e o FMI em relação aos custos de trabalho. O Governo tem contrariado algumas propostas", explicou Paulo Portas. "O Governo tem muita evidência de que o sector privado já ajustou e que as empresas querem os seus trabalhadores motivados."
Já a Comissão Europeia, cujas projecções não fazem distinção entre sector público e privado, espera que as remunerações continuem a cair em Portugal nos próximos dois anos (-0,8% em 2014 e -0,2% em 2015).
O ajustamento dos salários do privado provocou um braço de ferro entre os credores e o Executivo, com os primeiros a desejarem uma maior flexibilização das remunerações. "Há uma diferença de opinião entre Portugal e o FMI em relação aos custos de trabalho. O Governo tem contrariado algumas propostas", explicou Paulo Portas. "O Governo tem muita evidência de que o sector privado já ajustou e que as empresas querem os seus trabalhadores motivados."
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13
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