QUESTÕES
A 2014
10. O Governo aguenta-se em 2014?
por Bruno Simões
Há três condições que serão fundamentais para
perceber se o Governo se pode manter em funções. Uma delas é o
comportamento da economia. O próximo ano tem sido sucessivamente
apresentado como o ano do crescimento. Se não for, isso será um duro
golpe nas políticas e na retórica do Executivo – em especial na ala
centrista, encabeçada por Paulo Portas e Pires de Lima, que assumiram a
condução económica.
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Dentro da própria maioria, aliás,
é admitido que se o País não crescer isso representa um problema. João
Almeida, do CDS, disse-o preto no branco em entrevista ao Negócios. A
oposição não deixaria de exaltar um falhanço deste género, e o próprio
Governo perdia margem e autoridade.
O próximo ano é, também, o de saída da troika. Até há uma data
para esse dia simbólico: 17 de Maio. O que vai acontecer depois também
será determinante para perceber com que ímpeto é que o Governo negociou
com a Europa. Nesta altura, o cenário mais provável é um programa
cautelar, que assegure financiamento durante mais algum tempo. Se
Portugal tiver de pedir um novo resgate, por exemplo, a credibilidade do
Governo ficará fortemente afectada.
Por outro lado, escassos dias depois da saída da troika, os portugueses (e os cidadãos dos restantes 27 países da União Europeia) vão às urnas: há eleições europeias. Uma derrota pesada não deve derrubar o Governo – foi isso que aconteceu nas autárquicas mas o rumo manteve-se. Por outro lado, uma nova derrota nas urnas poderá significar que a base de apoio ao Governo é cada vez mais escassa.
É preciso ainda considerar o impacto que um novo chumbo do Tribunal Constitucional pode ter na estratégia de ajustamento.
Por outro lado, escassos dias depois da saída da troika, os portugueses (e os cidadãos dos restantes 27 países da União Europeia) vão às urnas: há eleições europeias. Uma derrota pesada não deve derrubar o Governo – foi isso que aconteceu nas autárquicas mas o rumo manteve-se. Por outro lado, uma nova derrota nas urnas poderá significar que a base de apoio ao Governo é cada vez mais escassa.
É preciso ainda considerar o impacto que um novo chumbo do Tribunal Constitucional pode ter na estratégia de ajustamento.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13
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