HOJE NO
"RECORD"
Telma Santos:
«Tive muito medo»
Telma Santos está na corrida para os Jogos Olímpicos do Rio’2016, mas
esse objetivo da jogadora nascida em Peniche não está isento de
sacrifícios e, algumas vezes, de perigos, tal como aconteceu
recentemente na sua aventura em África.
Depois dos triunfos em
Israel e Marrocos, Telma enfrentava dois desafios antes do final do
ano, no Botsuana e em África do Sul. Aparentemente, e face ao que já
passara em Telavive e Rabat, nada faria prever as situações que viveu,
principalmente, no Botsuana.
No entanto, deixemos Telma Santos
contá-las. “Cheguei no dia 12 ao Botsuana, vinda de Joanesburgo; eram
14 horas, e não tinha ninguém à espera, apenas ali se encontravam duas
atletas da Zâmbia que também estavam na mesma situação. Contactei a
organização, disseram-me que, como o avião se tinha atrasado, tinham
vindo embora e só voltariam às 19 horas para me virem buscar. Resolvemos
ir de táxi para o hotel mas, aí chegadas – já lá estava a Sónia
Gonçalves –, verifiquei que o quarto que tinha reservado estava ocupado e
que não havia outro. A solução, disseram-nos, era procurar outro hotel
que ficava a 70 km. Claro que recusei ir. A nossa sorte foi que um
senhor das Ilhas Maurícias foi para outro hotel e cedeu-nos o quarto
dele. Conclusão, a Sónia dormiu na cama e eu no chão.”
Mas a
desorganização no Botsuana não ficou por aqui. O primeiro jogo estava
agendado para dia 13 – Telma Santos chegou no dia anterior – e, para
espanto das duas jogadoras portuguesas, os jogos inaugurais foram
antecipados um dia. “Tínhamos jogo no dia seguinte à nossa chegada, mas
afinal este tinha sido antecipado. Assim, se fôssemos para o outro hotel
a 70 km não jogávamos e perdíamos por falta de comparência”, contou.
Viagem
Depois
do Botsuana, Telma Santos viajou para Pretória para disputar o Open da
África do Sul. Só que a viagem foi realizada num pequeno avião, situação
que a jogadora do CheLagoense, de 30 anos, não esquecerá.
“A
viagem para a África do Sul foi para não mais esquecer. Fomos num
pequeno avião, a hélice que abanava por todos os lados. Tive muito medo.
Foram 45 minutos terríveis! Foi tão mau que desejei ter ido de
autocarro do Botsuana para a África do Sul”, referiu.
Telma
Santos já tinha visitado Pretória, quando participou, em 2012, no Open
da África do Sul. Agora, a jogadora portuguesa encontrou uma cidade
alterada, uma vez que a viagem coincidiu com as cerimónias fúnebres do
antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela. “Encontrei uma cidade
que eu já conhecia completamente diferente. Assisti a coisas incríveis,
como cerca de 5 km de filas para verem o corpo de Mandela. Não vou
esquecer aqueles momentos”, disse.
* Badminton safari adventure.
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