HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Cruz Vermelha faturou
um milhão de euros ao SNS
O Ministério da Saúde reagiu hoje à auditoria sobre o acordo com o
Hospital da Cruz Vermelha, revelando que, até julho, gastou perto de um
milhão de euros com o encaminhamento de doentes para esta unidade de
saúde.
Uma
nota de imprensa do Ministério da Saúde sublinha "a contenção efetuada
nos últimos anos" com a despesa de doentes encaminhados para o Hospital
da Cruz Vermelha (HCV), por alegada falta de capacidade dos hospitais
públicos.
Segundo a mesma nota, o valor atual do acordo de
cooperação com a Cruz Vermelha Portuguesa é de 7.611.420,66 euros, mas,
até julho, a Cruz Vermelha Portuguesa tinha faturado à Administração
Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) 941.041,07 euros.
Na área da cirurgia cardiotorácica, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou 118.074,87 euros com este encaminhamento.
O
valor deste acordo, em 2010, foi de cerca de 21 milhões de euros, de
14,6 milhões de euros, em 2011, e de 7,6 milhões de euros, em 2013.
Uma
auditoria de seguimento das recomendações do Tribunal de Contas (TdC) à
execução do acordo de cooperação entre a ARSLVT e a sociedade que
explora o HCV, concluiu que o Estado teria poupado 30 milhões de euros
se os doentes encaminhados para aquele hospital, entre 2009 e 2011,
tivessem sido tratados no SNS.
Sobre o acordo, o TdC criticou o
facto de a negociação não ter sido "fundamentada em indicadores sobre a
eficiência do SNS, nomeadamente em termos de utilização da capacidade
instalada e de custos, não ponderando nem confrontando os preços
negociados para a produção prevista nos acordos com os custos dessa
produção, em unidades hospitalares do SNS".
"Se, ao invés do
recurso à prestação de serviços" no HCV, entre 2009 e 2011, "os doentes
tivessem sido tratados em hospitais do SNS", a poupança ascenderia a
cerca de 29,8 milhões de euros, lê-se no relatório da auditoria.
A
poupança seria distribuída pelas especialidades de cirurgia
cardiotorácica (8,6 milhões de euros), cirurgia vascular, oftalmologia e
ortopedia (21,2 milhões de euros).
* Os hospitais particulares só são sustentáveis devido à emigração dos doentes do SNS, uma negociata.
Por outro lado não se entente que utentes da ADSE se possam tratar nos hospitais particulares, o Estado paga o remanescente e os outros cidadãos não têm esse direito.
Nós, muito convictamente e por experiência vária não sairemos do SNS, que tem tudo de bom, porque quando os hospitais particulares, mais hotéis de saúde, não têm soluções técnicas, encaminham o doente para o hospital público.
Este é o calcanhar de Aquiles de Paulo Macedo.
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