HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Mais de 90 mil consumidores pedem o fim das comissões nas contas à ordem
Uma petição pelo fim das comissões nas contas bancárias à ordem, subscrita por mais de 90 mil consumidores, vai ser hoje entregue à Assembleia da República pela associação DECO, que promoveu a iniciativa.
"Estas comissões bancárias prejudicam todos, mas especialmente os que
têm menos dinheiro e um saldo médio [na conta bancária] mais baixo",
salientou à Lusa o secretário geral da associação de defesa dos
consumidores DECO, Jorge Morgado.
Na petição coletiva, os subscritores lembram aos deputados que até há
pouco tempo os bancos remuneravam estas contas, mas que agora cobram
encargos para o mesmo efeito, e que esta tendência se tem acentuado nos
últimos anos.
"De acordo com os dados que a DECO recolheu junto das instituições
autorizadas a operar em Portugal, as comissões de manutenção de conta
subiram, em média, mais de 40% desde 2007!", lê-se na petição disponível
no site da deco/proteste.
A associação considera "abusiva" esta cobrança, uma vez que não tem
nenhum serviço associado e penaliza os consumidores com menos recursos,
salientando Jorge Morgado as consequências muito nefastas sentidas por
alguns consumidores financeiramente mais vulneráveis.
"Por causa destas comissões, muitas pessoas chegam a tirar o dinheiro
do banco e voltam a pô-lo debaixo do colchão", disse o secretário geral
da DECO.
A associação salienta que as contas à ordem são "imprescindíveis à
gestão básica da vida financeira de qualquer cidadão" e que foi essa a
razão do lançamento da campanha de recolha de assinaturas pelo fim das
comissões de manutenção, que até segunda-feira registava cerca de 92 mil
assinaturas.
A associação destaca ainda que aos consumidores "cabe também"
questionar os seus bancos e o Banco de Portugal sobre a pertinência das
comissões associadas às contas à ordem e lembra que esta interrogação
pode ser feita através de minutas que a associação faculta, caso o
subscritor da petição assinale essa opção no formulário.
Na petição é também destacado o desagrado dos consumidores acerca
destas comissões, lembrando que, segundo o relatório de supervisão
comportamental do Banco de Portugal de 2012, as reclamações sobre contas
de depósito representaram 30,9% do total de queixas recebidas.
* Um "assalto" que o parlamento não está interessado em terminar!!!
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