HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
PP desmente contabilidade
paralela apesar de documentos
O Partido Popular (PP) espanhol voltou hoje a desmentir a existência de
contabilidade paralela no partido, afirmando desconhecer documentos
originais do seu ex-tesoureiro, atualmente preso, publicados pelo jornal
El Mundo.
Em comunicado afirma que "não reconhece, em nenhum caso, como contabilidade desta formação política" as anotações publicadas pelo jornal, que no fim de semana revelou detalhes de uma conversa de quatro horas com o ex-tesoureiro, Luís Barcenas.
Em comunicado afirma que "não reconhece, em nenhum caso, como contabilidade desta formação política" as anotações publicadas pelo jornal, que no fim de semana revelou detalhes de uma conversa de quatro horas com o ex-tesoureiro, Luís Barcenas.
Nessa conversa Barcenas
admite, segundo publicou o diretor do jornal Pedro J Ramirez, o que
sempre negou perante o tribunal: que o PP se financiou de forma ilegal
durante 20 anos, que ele é o autor dos documentos que confirmam essa
contabilidade paralela e que sempre o negou por lealdade ao partido.
Barcenas
está detido na cadeia madrilena de Soto do Real desde 27 de junho, por
ordem do juiz da Audiência Nacional Pablo Ruz, no âmbito de um mega
processo de corrupção e vários crimes financeiros em que é arguido.
Depois
da conversa com Barcenas o diretor do El Mundo explica ter entregue a
Pablo Ruz o documento original que recebeu do ex-tesoureiro e cujos
detalhes revela hoje no jornal.
O documento é um original do
conjunto de documentos conhecidos como "papeis de Barcenas" publicados
em janeiro pelo jornal El Pais e que tanto o PP como, até agora, o
próprio Barcenas tinham desmentido.
Nesse documento específico
estão registados alegados pagamentos ilegais a Mariano Rajoy, na altura
ministra da Administração Pública e atualmente presidente do Governo
espanhol.
Maria Dolores de Cospedal já tinha, na segunda-feira,
desmentido qualquer ilegalidade no financiamento do partido bem como
alegada corrupção na atribuição de um contrato na autarquia de Toledo
quando a própria Cospedal era ali vereadora.
No comunicado hoje
divulgado o PP insiste que a contabilidade do partido "é única",
realizada sempre de acordo com a legislação e submetida à fiscalização
do Tribunal de Contas.
* De desmentido em (des)mentido até à aldrabice final, conhecemos bem o filme.
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