09/07/2013


HOJE NO 
  "DESTAK"

Televisão aumenta risco 
de obesidade infantil

 Risco de obesidade é maior para as crianças, revela estudo nacional. Tudo por causa das horas à frente da TV.

A televisão é, para muitas crianças, professora, companheira, ama seca. Mas a caixinha que mudou o mundo é também, confirma um estudo da Universidade de Coimbra, responsável pelo aumento do risco para a obesidade e tensão arterial alta entre os mais pequenos. 


O tempo passado à frente da televisão tem mesmo, apontam os investigadores, um impacto superior ao passado de olhos postos no computador ou nos jogos eletrónicos. «As crianças estão mais expostas à publicidade de produtos alimentares, induzindo-as à ingestão de comida normalmente pouco saudável», o que justifica este impacto da televisão, justifica Cristina Padez, coordenadora do estudo e do Centro de Investigação em Antropologia da Saúde. «Por outro lado, a televisão é mais passiva. 

O computador e os jogos eletrónicos exigem mais concentração e interação», acrescenta. Se dúvidas houvesse, o trabalho, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e que envolveu 17.424 mil familiares e crianças de jardins-de-infância e escolas de todo o País, com idades entre os 3 e os 11 anos, esclarece que crianças portuguesas veem televisão a mais. 

As duas horas diárias consideradas limite pela Academia Americana de Pediatria são ultrapassadas por 28% dos meninos e 26% das meninas. Isto durante a semana. Ao fim de semana, a percentagem dispara – 75% dos meninos e 74% das meninas. Hábitos que, defende a especialista, «é urgente corrigir», já que estes, adquiridos na infância, «tendem a prolongar-se para a vida adulta». Isto sem esquecer a questão dos riscos: «o simples facto de uma criança ser obesa apresenta três problemas: em 60% dos casos as crianças obesas apresentam já pelo menos um fator de risco que se costuma associar aos adultos como hipertensão, colesterol elevado, triglicéridos; cerca de 40% permanece obesa na vida adulta e, mesmo as crianças que normalizam o seu peso, o facto de terem sido obesas é um risco para o aparecimento de algumas doenças».

* Os pais portugueses ainda estão pouco sensibilizados para os bons hábitos alimentares, actividade física e menor dependência da televisão, para os seus filhos. Quando nos jovens aparecerem em profusão doenças graves de adultos, talvez despertem para o problema.

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