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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Antigo tesoureiro do PP espanhol garante ter dado “dinheiro vivo” a Rajoy
Luis Bárcenas, que está a ser ouvido em tribunal
no âmbito do processo sobre contabilidade paralela do PP, revelou ser o
autor dos documentos divulgados pela imprensa. Bárcenas garantiu ainda
ter dado dinheiro em “cash” a Mariano Rajoy e a Maria Dolores de
Cospedal entre 2008 e 2010.
O antigo tesoureiro do Partido Popular
(PP) espanhol, Luis Bárcenas, garantiu esta segunda-feira ter dado
dinheiro a Mariano Rajoy, presidente do Governo de Espanha, e à
secretária-geral do partido, María Dolores de Cospedal entre 2008 e
2010.
“Entreguei dinheiro vivo a Rajoy e Cospedal em 2008, 2009 e 2010”, afirmou Bárcenas, citado pelo “El Mundo”.
Luis Bárcenas, que está a ser ouvido esta segunda-feira em tribunal
no âmbito da alegada contabilidade paralela do PP, reconheceu ser o
autor dos documentos que têm vindo a ser divulgados pelo “El País” e
pelo “El Mundo”. O antigo tesoureiro entregou ainda ao juiz outros
documentos sobre as contas do partido que revelam pagamentos não
declarados a várias figuras do partido.
Sobre os pagamentos a Rajoy e Cospedal, Bárcenas revelou ainda que em
2010 o montante ascendeu a 25 mil euros e que o pagamento de Cospedal
foi feito com notas de 500 euros.
Este domingo, o “El Mundo” publicou vários SMS que indicam que o
actual presidente do Governo espanhol manteve contacto directo, de pelo
menos dois anos, com o antigo tesoureiro do partido, e onde Rajoy pedia
silêncio a Bárcenas sobre a alegada contabilidade paralela do PP.
No seguimento da notícia, o secretário-geral do PSOE, Alfredo
Rubalcaba exigiu a demissão imediata de Mariano Rajoy, anunciando uma
ruptura de relações com o PP.
Em resposta, o presidente do Governo de Espanha garantiu esta
segunda-feira, durante uma conferência de imprensa com o
primeiro-ministro da Polónia, afirmou que não se vai demitir nem
submeter a chantagens. “Cumprirei o mandato que me foi dado pelos
espanhóis, disse Rajoy, cita o “El Mundo”. “O Estado de Direito não se
submete a chantagem”, afirmou, indicando que a justiça vai continuar a
fazer o seu trabalho “sem nenhuma pressão”, “indicação” ou “ingerência”.
Sobre os alegados pagamentos que Bárcenas agora confirmou, Rajoy
voltou a negar ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando apenas que
irá “entrar em detalhes nem polemizar com ninguém”. O presidente do
Governo espanhol afirmou ainda que “não se pode esperar que um
presidente desminta ou comente, a cada dia, todas as insinuações,
rumores e informações interessadas que se produzem”.
O escândalo da contabilidade paralela do PP começou em Janeiro,
quando o “El País” divulgou vários documentos de Bárcenas, com datas
compreendidas entre 1990 e 2008, que indicavam a existência de uma
contabilidade irregular no seio do partido. Luis Bárcenas foi tesoureiro
do PP durante quase duas décadas e registava em vários cadernos
alegados pagamentos a altas figuras do partido.
* Somos iberos...lá como cá.
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