.
.
HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Mais de 2 milhões de portugueses
em privação material
O número de portugueses que viviam em privação material em 2012 aumentou
face ao ano anterior, ultrapassando os dois milhões, revela o Inquérito
às Condições de Vida e Rendimento das Famílias do Instituto Nacional de
Estatística (INE) hoje divulgado.
Já a "privação material severa" atingiu 8,6 por centro (%) da população residente em Portugal em 2012, num ano em que um inquérito do INE apurou 25,3% da população em risco de pobreza ou exclusão social, um aumento de quase um ponto percentual face ao valor de 24,4% no ano anterior.
Já a "privação material severa" atingiu 8,6 por centro (%) da população residente em Portugal em 2012, num ano em que um inquérito do INE apurou 25,3% da população em risco de pobreza ou exclusão social, um aumento de quase um ponto percentual face ao valor de 24,4% no ano anterior.
Os indicadores de privação material baseiam-se num conjunto de nove
itens representativos das necessidades económicas e de bens duráveis das
famílias, como não ter capacidade para pagar de imediato uma despesa
inesperada, atrasos nos pagamentos de prestações ou despesas correntes,
não poder fazer uma refeição de carne ou de peixe de dois em dois dias
ou não ter eletrodomésticos ou telefones.
A privação material
corresponde a situações em que não existe acesso a, pelo menos, três
destes nove itens, enquanto a privação material severa corresponde a
situações em que não existe acesso a pelo menos quatro indicadores.
Em 2012, 21,8% dos residentes em Portugal viviam em privação
material, mais 0,9 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior
(20,9%), adianta o inquérito.
A intensidade da privação material manteve-se constante comparativamente ao ano anterior (3,6).
No
ano passado, 10% dos portugueses viviam com "insuficiência de espaço
habitacional", indica o INE, que se baseou na taxa de sobrelotação da
habitação, que compara o número de divisões disponíveis com a dimensão e
composição da família.
Os dados indicam que 4,3% da população se
confrontou com "condições severas de privação habitacional", como más
instalações de higiene, luz natural insuficiente ou problemas de
humidade do alojamento.
A carga mediana das despesas em habitação foi de 12,9% em 2012, contra 11,7% em 2011.
Segundo
o inquérito, 8,3% da população vivia em agregados com sobrecarga das
despesas em habitação, definida por situações em que o rácio entre as
despesas anuais com a habitação e o rendimento disponível (deduzidas as
transferências sociais relativas à habitação) é superior a 40%.
O
risco de pobreza está associado a condições habitacionais menos
adequadas, tendo o INE analisado a proporção de pessoas "satisfeitas ou
muito satisfeitas" com a habitação.
O Inquérito revela que 89,8%
da população se manifestou, em 2012, satisfeita ou muito satisfeita com a
habitação, mais 7,8 p.p. do que em 2007 (ano em que foi abordado este
tema no inquérito).
Nesse período, aumentou a população que
referiu viver com condições adequadas relativamente a instalações
elétricas (89,7% em 2012 e 86,0% em 2007), canalizações e instalações
para a água (90,3% em 2012 face a 86,7% em 2007), e conforto térmico
(53,4% e 64,3% em 2012, respetivamente para conforto no inverno e
conforto durante o verão, face a 44,3% e 57,6% em 2007).
Os
resultados "evidenciam sobretudo o aumento da população residente com
equipamentos de aquecimento central ou de outros aparelhos de
aquecimento fixos no seu alojamento, que no conjunto aumentaram de 13,0%
em 2007 para 49,5% em 2012".
O INE observa que 60,6% da população
em privação habitacional severa referiu referido habitar com escassez
de espaço face a 18,6% para a população em geral e 24,1% para a
população em risco de pobreza
Em 2012, o inquérito dirigiu-se a 7.187 famílias, tendo a operação de recolha decorrido entre maio e julho.
* Um país de rastos!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário