HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Programa de reforço alimentar
abrange 13 mil alunos
O secretário de Estado da Educação, João Casanova de Almeida, afirmou hoje que existem 12 709 alunos sinalizados e apoiados pelo programa de reforço alimentar, referindo que o projeto não tem nenhum custo para o Estado.
Segundo dados
divulgados, o número de alunos sinalizados pelo Programa Escolar de
Reforço Alimentar (PERA) é de 12 709, sendo 6046 apoiados no âmbito do
PERA nacional, 3840 pelo artigo 24, que permite às escolas utilizar os
lucros do bares e papelarias para o efeito, e 564 através de outras
iniciativas das escolas.
"Temos um apoio efetivo a cerca de 10 500
alunos nos pequenos-almoços, os restantes sinalizados, cerca de 2200,
têm um tempo de espera, que é cada vez mais pequeno, mas estão
acautelados", disse, durante a apresentação do programa na escola
Mendonça Furtado, no Barreiro.
João Casanova de Almeida explicou
que o projeto é destinado a todos os escalões e que está garantido o
anonimato dos alunos, justificando o aumento dos números em relação ao
anteriormente anunciado, com a não existência de um período fixo para a
sinalização de alunos.
"Existem escolas que tem vindo a lançar os
alunos, não todos ao mesmo tempo. O aumento pode ser fruto de não haver
período fixo, mas de atender às necessidades à medida que vão
aparecendo", defendeu.
O secretário de Estado da Educação explicou
que este é um programa de voluntariado, que é feito com donativos das
empresas parceiras no projeto, não tendo qualquer custo para o Estado.
"As
empresas produtoras, distribuidoras e transportadoras é que fazem o
grosso deste trabalho, que não tem nenhum encargo no Orçamento do
Estado. É suportado pela solidariedade social", defendeu.
João
Casanova de Almeida referiu que o PERA não tem como objetivo
substituir-se a outros programas já existentes, mas promover uma "união
de esforços para atender às situações à medida que vão aparecendo".
O
secretário de Estado disse ainda que o trabalho é feito em articulação
com o Ministério da Solidariedade e Segurança Social, que tem os seus
programas próprios de resposta.
"Quando os alunos são sinalizados
por carências alimentares ao nível do pequeno-almoço, é articulado com o
Ministério Solidariedade e Segurança Social para perceber se os
agregados familiares precisam ou não de ser apoiados", explicou.
A
diretora do agrupamento de escolas Mendonça Furtado, Felicidade Alves,
disse que o número de casos de alunos a necessitarem de ajuda têm estado
a crescer.
"Até aqui havia alunos com vergonha de dizer que não
comiam, agora os meninos pedem mesmo comer. São situações recentes de
carências muito fortes. Todos os dias temos alunos novos a pedirem
alimentação, só esta semana foram quatro novos casos", explicou.
O
projeto PERA envolve a distribuição de 17 200 iogurtes por semana, 25
000 pacotes de leite por mês, 22 500 de farinhas e 30 000 pacotes de
sumos naturais por período, para além do pão, aos milhares por dia.
* Apesar da dor tem significado especial a solidariedade das empresas que sustentam o projecto.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário