Jovens criam dispositivo
para prevenir incêndios
O Agrupamento de Escolas de São Gonçalo, em Torres Vedras, concorre este ano ao prémio Ciência na Escola com um equipamento que permite captar imagens de incêndios e ajudar os bombeiros a melhor coordenar os meios de combate.
O protótipo é composto por uma câmara instalada num dispositivo móvel e comandada à distância por controlo remoto através de redes digitais sem fios. Daí, as imagens são enviadas também através de redes digitais sem fios para outro equipamento, um computador adaptado à funcionalidade e instalado num posto fixo, onde são transmitidas as imagens.
O projecto foi criado por uma centena de alunos do 9.º ano da escola, com o intuito de despertar nos jovens o gosto pela ciência e tecnologia.
Duarte Silva, 14 anos, foi um dos autores e explica à agência Lusa que a 'engenhoca' foi criada porque não só o tema do prémio é este ano a preservação dos recursos naturais, mas também porque a ideia era criar tecnologia para "ajudar os outros", neste caso os bombeiros.
Em vez de uma única câmara, os bombeiros poderão dispor de várias, instaladas em pontos diferentes, com o intuito de observar manchas florestais e prevenir incêndios ou controlar várias frentes de um incêndio.
O equipamento é aparentemente inovador e útil para os bombeiros.
"É um projecto bastante interessante, dado que permite ao posto de comando receber em tempo real imagens de um fogo, definir melhor a estratégia de combate e dar mais atenção à segurança dos bombeiros na frente de fogo, reposicionando os veículos", afirma Fernando Barão, comandante da corporação de Torres Vedras.
O protótipo foi construído com materiais reutilizados que, após desmontados, voltaram a ser montados e a ganhar uma nova vida, com a construção de novo hardware e software, explica o professor coordenador do projecto.
Jaime Rei adianta que, concebido o protótipo, a escola está disponível para oferecer a ideia a uma empresa que possa fabricar este equipamento e colocá-lo no mercado, ao dispor dos agentes de Protecção Civil.
Em 2008, o agrupamento foi o vencedor do prémio Ciência na Escola, promovido pelo Ministério da Educação, Banco Espírito Santo e Fundação Emídio Pinho.
IN "CORREIO DA MANHÃ"
17/05/12
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