ODEMIRA
DISTRITO DE BEJA
Odemira é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Alentejo Litoral, com cerca de 5 900 habitantes.
É sede do maior município português, com 1 719,73 km² de área e 26 104 habitantes (2011)[2], subdividido em 17 freguesias. É o maior município português em extensão territorial. O município é limitado a norte pelos municípios de Sines e Santiago do Cacém, a leste por Ourique, a sueste por Silves, a sul por Monchique e Aljezur e a oeste tem litoral no oceano Atlântico. O limite sudoeste, com o concelho de Aljezur, é marcado pela Ribeira de Seixe.
A faixa litoral do município e o vale do Mira até à vila de Odemira faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. O concelho é atravessado pela Linha do Sul.
Recebeu foral de D. Afonso III em 1256.
Um filho de Odemira distinguiu-se no campo do Xadrez: Damião de Odemira, boticário e autor do 1º Tratado de Xadrez conhecido.
Tem também como slogan "Odemira, o Alentejo num só concelho"
Odemira orgulha-se também dos seus 55 km de costa, dos quais 12 km são praias – das quais merecem destaque: Aivados, Malhão, Milfontes, Furnas, Almograve, Zambujeira e Carvalhal, pois proporcionam uma combinação perfeita de repouso e beleza natural. As praias sucedem-se desde o limite do concelho de Sines até à foz do rio Seixe, no Algarve.
Como Chegar?
Vindo do Norte?
Se vier do Norte do país, siga pela A1 (Auto-estrada do Norte) até Santarém, onde deverá sair e seguir as indicações de A13/Algarve. Atravesse a Ponte Salgueiro Maia, que liga Santarém e Almeirim, e ingresse na A13 em direcção ao Algarve. Tome depois a A2 (Auto-estrada do Sul) e saia Beja/Ferreira do Alentejo. Daqui tome o IC em direcção ao Algarve e passe perto de Alvalade, tomando a N263 até Odemira.
Via alternativa - sem portagens:
Nos Carvalhos, tome o IC1/EN1; em Perozinho (Gaia) ingresse no IC2/EN1 e siga pelo IC24 em direcção a Lisboa; em Alverca, siga pela EN10 e, posteriormente, IC1 até Alvalade, onde toma a N263 para Odemira.
Vindo de Lisboa?
Saindo de Lisboa, quer pela Ponte 25 de Abril, quer pela Ponte Vasco da Gama, deve tomar a direcção do Algarve (A2/Auto-estrada do Sul). Na A2 deve sair em Beja/Ferreira do Alentejo. Daqui tome o IC em direcção ao Algarve e passe perto de Alvalade, tomando a N263 até Odemira.
Via alternativa - sem portagens:
A partir do aeroporto, siga para Norte pela EN1, em direcção a Sacavém. No IP1, saia em Alverca/Alhandra/Bucelas. Tome a EN10 e, posteriormente, IC1 em direcção ao Algarve e passe perto de Alvalade, tomando a N263 até Odemira.
Vindo do Alentejo?
Se vier do Alto Alentejo e preferir a auto-estrada, siga pela EN114 e tome a A6 em direcção a Lisboa, ingressando depois na Auto-estrada do Sul (A2) em direcção ao Algarve. Na A2 deve sair em Beja/Ferreira do Alentejo. Daqui tome o IC em direcção ao Algarve e passe perto de Alvalade, tomando a N263 até Odemira.
Via alternativa - sem portagens:
Para evitar portagens e quilómetros a mais, tome a N254, em direcção a Viana do Alentejo, depois a N258, de seguida N357 em direcção a Alfundão e o IP8, atravessando Ferreira do Alentejo. Daqui toma a N2 em direcção a Aljustrel e a N263 para Odemira.
Vindo do Algarve?
Vindo do Algarve em direcção a Sines, toma a Estrada Nacional 125 e depois a A2 até à saída de Beja/Ferreira do Alentejo. Daqui tome o IC em direcção ao Algarve e passe perto de Alvalade, tomando a N263 até Odemira.
Via alternativa - sem portagens:
Tome a EN125 e ingresse depois na A22, uma via rápida sem portagem; atravessa Tunes (IC1) e S. Marcos da Serra, tomando a N266 para Santa Clara-a-Velha, seguindo pela N 123 (Luzianes-Gare). Toma a N263 até Odemira.
Vindo de Espanha?
Saia de Badajoz pela E90 em direcção a Portugal e, já passada a fronteira, tome a A6 em direcção ao Algarve/Vendas Novas e ingresse posteriormente na Auto-estrada do Sul (A2). Na A2 deve sair em Beja/Ferreira do Alentejo. Daqui tome o IC em direcção ao Algarve e passe perto de Alvalade, tomando a N263 até Odemira.
Via alternativa - sem portagens:
Para evitar a auto-estrada, tome o IP7/E90 até Elvas; continue Évora pela N4, tome a E802, a N254 até Viana do Alentejo; daqui segue pela N357 até Alvito, N387, IP8, atravessa Ferreira do Alentejo, N2 até Aljustrel e N263 até Odemira.
Gentílico | Odemirense |
Área | 1 719,73 km² |
População | 26 104 hab. (2009[1]) |
Densidade populacional | 15.2 |
N.º de freguesias | 17 |
Presidente da Câmara Municipal | José Alberto Guerreiro |
Fundação do município (ou foral) | 1256 |
Região (NUTS II) | Alentejo |
Sub-região (NUTS III) | Alentejo Litoral |
Distrito | Beja |
Antiga província | Baixo Alentejo |
Orago | Nossa Senhora da Piedade |
Feriado municipal | 8 de Setembro |
Código postal | 7630-139 |
Endereço dos Paços do Concelho | Praça da República |
Sítio oficial | CM Odemira |
Endereço de correio electrónico | geral@cm |
HISTÓRIA
A ORIGEM DO NOME
Diz-se que provém do nome árabe" Wad - Emir ", que significava água do rio de Emir. Mais tarde este nome foi dando origem a algumas transformações, que originou a troca de Wad por Ode e Emir em Mira, ficando assim formado o nome Ode Mira.
Outra versão existe sobre a origem do nome, existiu na altura da sua povoação árabe, um alcaide mouro de nome Ode, que habitava o castelo e com ele a sua bela mulher uma moura encantadora, como todas as outras mouras das lendas populares. Quando D. Afonso Henriques, decidiu começar a conquista das terras a sul do Tejo aos mouros, chegou então a esta povoção para a tomar e fazê-la parte do seu reino e também a província do Algarve. A alcaidessa ao ver o exército de D. Afonso Henriques, ficou surpresa e aflita, gritando para o Alcaide: Ode, Mira, daí ter ficado ODEMIRA, segundo esta lenda.
A VILA E O CONCELHO
A região terá sido habitada desde tempos remotos desconhecendo-se, contudo, a sua origem. Aqui estabeleceram-se os povos romano e árabe, que marcaram os usos e costumes das gentes da região. A ocupação árabe terminou em 1166, aquando da reconquista cristã com D. Afonso Henriques.
A vila recebeu foral de D. Afonso III em 1256 e de D. Manuel em 1510. Foram Condes de Odemira D. Sancho de Noronha e D. Mécia de Sousa, no reinado de D. Duarte. Nesta casa se conservou até ao reinado de D. João IV, quando foi doada a D. Francisco de Faro. D. Pedro II doou-a ao 1º Duque de Cadaval.
No século XIX, o regime liberal reestrutura o concelho, tornando-o um dos maiores concelhos do país. O concelho abrange uma área extensa ao longo da costa e no seu interior uma vasta área de serras e campos com uma fauna diversa.
O estuário do rio Mira é rico em avifauna, com destaque para as garças e galinholas de água. Junto à foz do Mira os pescadores realizam aqui a sua actividade piscatória.
O estuário do rio Mira é rico em avifauna, com destaque para as garças e galinholas de água. Junto à foz do Mira os pescadores realizam aqui a sua actividade piscatória.
AS PERSONAGENS DA HISTÓRIA
Odemira (D. Sancho de Noronha, 1.º conde de)n. 1390 f.?
Adiantado do reino do Algarve, do conselho do rei D. Afonso V, governador e capitão general em Ceuta. Era filho de D. Afonso, conde de Gijón e Noronha, filho de Henrique II de Castela; sua mãe era D. Isabel, filha bastarda do rei D. Fernando de Portugal.
BRASÃO DE ARMAS |
Foi feito conde de Odemira, por mercê de D. Afonso V, por carta régia, passada em Évora a 9 de Outubro de 1446. Como fora este fidalgo um dos que mais haviam contribuído para a perda do infante D. Pedro, duque de Coimbra, foi também ele um dos que tiveram parte nos despojos. D. Afonso V deu-lhe a vila de Portalegre e seu castelo, que pertencera a seu tio, o referido D. Pedro, por mercê feita em Lisboa a 21 de Novembro de 1448, mas os portalegrenses, dando um nobre exemplo de lealdade e de energia, recusaram positivamente passar para o seu novo senhor, e firmando-se num dos privilégios do seu foral, conseguiram repelir o jugo. O conde de Odemira foi então nomeado governador e capitão general de Ceuta. Em 1452 estava naquela praça, quando o infante D. Fernando saiu de Évora, e passando ao Algarve embarcou para África. 0 conde de Odemira foi também senhor de Vimieiro, Aveiro, Mortágua e de outras terras, alcaide-mor de Elvas, de Estremoz, e comendador-mor da ordem de S. Tiago. Casou com D. Mécia de Sousa, senhora de Mortágua, filha herdeira de Gonçalo Eanes de Sousa.
Esta senhora era descendente da antiquíssima casa que lhe deu o apelido, que acabando-se a varonia, veio a conseguir a varonia real portuguesa, deduzindo-se do rei D. Afonso III, de quem era bisneto Martim Afonso de Sousa, 3.º conde do seu nome e segundo senhor de Mortágua, pai de Gonçalo Eanes de Sousa, que foi o pai da condessa D. Mécia.
Esta senhora era descendente da antiquíssima casa que lhe deu o apelido, que acabando-se a varonia, veio a conseguir a varonia real portuguesa, deduzindo-se do rei D. Afonso III, de quem era bisneto Martim Afonso de Sousa, 3.º conde do seu nome e segundo senhor de Mortágua, pai de Gonçalo Eanes de Sousa, que foi o pai da condessa D. Mécia.
Odemira (D. Maria de Noronha, 2.ª condessa de).n. c. 1440 f. 20 de Maio de 1523
Filha do 1.º conde de Odemira, D. Sancho de Noronha, e do sua mulher D. Mécia de Sousa. Casou com o conde de Faro, D. Afonso, e deste consórcio houve, entre outros filhos, D. Sancho de Noronha, que foi o 3.º conde de Odemira. D. Afonso V fez mercês à condessa D. Maria de Noronha de 1.700 coroas de tença, por carta feita em Estremoz a 5 de Janeiro de 1476.
Odemira (D. Sancho de Noronha, 3.º conde de).n. c. 1470 f. 1521.
Era filho da 2.ª condessa de Odemira D. Maria de Noronha, filha e herdeira do 1.º conde do mesmo título, D. Sancho de Noronha, e de seu marido, o conde de Faro, D. Afonso. Acompanhou seu pai para Castela, ao qual, em memória de seu avô, lhe foi dado o mesmo nome e apelido, como sucessor de sua casa.
Quando em 1496 o rei D. Manuel restituiu ao reino o duque de Bragança D. Jaime, seu primo, voltou a Portugal, e nesse ano D. Manuel alie deu o título de conde de Odemira, dando-lhe com a grandeza a prerrogativa de parente, com o tratamento de sobrinho, como se vê, entre outros documentos originais, na carta de confirmação da vila de Vimieiro, feita pelo mesmo soberano, em Évora, a 16 de Junho de 1509. 0 conde de Odemira foi alcaide-mor de Estremoz, senhor dos Eixos, Oies, Paus e Vilarinho, e de todos os mais estados, porque nos de Sancho, seu avô, havia sucedido sua mãe, a condessa D. Maria de Noronha.
Fal. em 1521. Casou duas vezes: a primeira cem D. Francisca da Silva, filha de Diogo Gil Moniz, vedor da fazenda do infante D. Fernando, e de D. Leonor da Silva. Casou segunda vez com D. Ângela Fabra, que depois foi camareira-mor da imperatriz D. Isabel, e aia das infantas, filha de Gaspar Fabra, senhor da parte de Barigadú, que consta de muitas terras do reino da Sardenha, alcaide-mor de Almança, embaixador do rei católico em Portugal, e de D. Isabel de Centelhas.
BRASÃO DOS NORONHAS |
Odemira (D. Sancho de Noronha 4.º conde de).n. c. 1515 f. 1573.
Senhor de Odemira, de Mortágua, Penacova, das terras de Riba de Vouga, e dos julgados de Eixos, Oies, Paus, e Vilarinho, alcaide-mor de Estremoz e de Alvor.
Era filho de D. Afonso de Noronha, que foi herdeiro da casa de Odemira, sendo o primeiro filho do 3.º conde deste título, D. Sancho de Noronha, e de sua primeira mulher D. Francisca da Silva. Faleceu ainda em vida de seu pai, num combate com os mouros em África, a 19 de Maio de 1516.
Casou com D. Maria de Ataíde, filha herdeira de Nuno Fernandes da Silva, senhor de Penacova, alcaide-mor de Alvor, governador e capitão da praça de Safim. Por morte de sua segunda avó, D. Maria de Noronha, que sobreviveu a seu filho, o 3.º conde e avô de D. Sancho, sucedeu o 4.º conde de Odemira nos estados que seus avós possuíam, e que tinham sido do conde de Faro, e nos de sua mãe, D. Maria de Ataíde, o que lho constituiu uma importantíssima casa, que conservou com grande autoridade e estimação dos reis, a quem serviu, pela sua representação. D. João III lha confirmou em 1556.
PESCA DO CAÇÃO |
Foi mordomo-mor da rainha D. Catarina, mulher deste monarca, e fal. em 1573. Casou com D. Margarida de Vilhena, filha de D. João da Silva, 2.º conde de Portalegre, e de D. Maria de Menezes, filha de D. Álvaro, e neta de D. Fernando I, duque de Bragança. Deste matrimónio houve D. Afonso de Noronha, que foi o 5.° conde Odemira.
Odemira (D. Afonso de Noronha, 5.º conde de).n. c. 1535 f. 4 de Agosto de 1578.
Senhor de Odemira, Mortágua, Penacova, alcaide-mor de Estremoz.
Era filho do 4.º conde de Odemira, D. Sancho de Noronha, e de sua mulher, a condessa D. Margarida de Vilhena. Acompanhou D. Sebastião à infausta expedição de África e morreu na batalha de Alcácer Quibir, em 4 de Agosto de 1578.
Casou três vezes: a primeira com D. Joana de Vilhena, filha de Manuel Teles de Meneses, senhor de Unhão, Cepães, Gestaçô, Meinedo, etc., comendador de Ourique na ordem de S. Tiago, e de D. Margarida de Vilhena, filha do D. Fernando de Castro, capitão de Évora e alcaide-mor de Setúbal: Casou a segunda vez com D. Joana de Gusmão, filha de D. Pedro de Meneses, governador de Ceuta, e de D. Constança de Gusmão, dama e depois camareira-mor da infanta D. Maria, filha de Francisco de Gusmão, mordomo-mor, da mesma infanta. De nenhum destes matrimónios houve descendência. 0 terceiro casamento foi com D. Violante de Castro, que sobreviveu muitos anos a seu marido, e fal. a 18 de Junho de 1616. Em atenção à sua 3.ª mulher, o rei D. Sebastião confirmou em D. Afonso de Noronha o titulo de 5.º conde de Odemira. Deste consórcio houve um filho, D. Sancho de Noronha, que foi o 6.º conde do mencionado titulo.
Senhor das vilas de Penacova, Mortágua, alcaide-mor de Alvor, senhor do Paul de Mina, em que sucedeu por nomeação de seu parente Nuno Álvares Pereira de Noronha, do qual foi herdeiro; comendador das comendas de S. Tiago de Sardoal, Santo André de Morais, Santa Maria de Quintela, S. Salvador de Joane, Santa Maria de Marmeleiro, Santo Isidoro de Eixo, na ordem do Cristo, do conselho de Estado dos reis D. João IV e de D. Afonso VI, de quem foi aio e vedor da fazenda; presidente do conselho ultramarino, ministro da Junta do Governo na regência da rainha D. Luísa de Gusmão, etc.
Era filho dos 1.os condes de Faro D. Estêvão de Faro e D. Guiomar de Castro. Sucedeu na casa por morte de sua sobrinha, a condessa D. Juliana de Faro. Seguiu a carreira das armas e serviu nas armadas portuguesas e castelhanas. Em 1625 assistiu à restauração da Baía. Aderiu plenamente à revolução do dia primeiro de Dezembro de 1640, e em 1646, não tendo o 6.º conde do Odemira, seu parente, deixado descendentes directos, foi ele agraciado, por D. João IV, com esse título, dando-lhe toda aquela grande casa que tinha vagado para a coroa, de juro e herdado, conforme a lei mental.
0 parentesco que tinha com a Casa Real reinante, como descendente por varonia da Casa de Bragança, fez com que o monarca o honrasse com o tratamento de sobrinho, e porque era maior o assentamento, que gozavam os grandes quando tinham esta prerrogativa, tirou D. Francisco do Paro carta de assentamento de conde parente, que lho foi passada a 9 de Julho de 1616. Nomeado conselheiro de Estado e presidente do conselho, foi o ministro influente, predilecto de D. João IV, e verdadeiramente o chefe do partido a que chamaram, na regência de D. Luísa de Gusmão, o partido velho.
CÂMARA MUNICIPAL |
Efectivamente, quando o monarca faleceu, o conde de Odemira e o seu partido acharam-se em frente dum outro partido novo, capitaneado principalmente pelo conde de Cantanhede, depois marquês de Marialva. D. Luísa de Gusmão, ao princípio, conservou as tradições da política de seu marido, e o conde de Odemira tomou posse do lugar importantíssimo e muito espinhoso de aio do jovem rei D. Afonso VI, e do infante D. Pedro. Mas o partido novo, achando-se na frente duma menoridade, levantou a cabeça e preparou-se para a luta. A rainha, esperando afastá-lo, formou uma junta de governo, a que se poderia chamar junta de conciliação, em que entravam os dois chefes do partido, condes de Odemira e de Cantanhede, Pedro Fernandes Monteiro e o marquês de Niza. Mas o partido novo triunfou, e o conde de Odemira, já velho, fraco e doente, não pôde lutar, e limitou-se ao exercício do seu cargo de aio do jovem rei, que desempenhou desastrosamente. Sabe-se, muito bem, quanto deplorável foi a educação de Afonso VI, a sua falta absoluta de instrução, as más companhias a que o deixaram entregar-se, e as suas inacreditáveis correrias. O conde não conseguiu nunca ter a mínima influencia no espírito do seu pupilo.
Fal. em 15 de Março de 1661. No seu próprio palácio erigiu um hospício para religiosos capuchos da província da Piedade, que perpetuou em seus herdeiros. Antes de herdar a casa de seu irmão, havia casado com D. Mariana da Silveira, que fal. a 11 de Outubro de 1648, e foi sepultada na igreja do convento da Trindade, de Lisboa. Era filha herdeira de Francisco Soares, um fidalgo a quem chamavam o Cotovia, por viver numa quinta naquele sítio, cabeça do opulento morgado. Deste consórcio nasceu D. Maria Faro, que foi a 8.ª condessa de Odemira, e sucedeu na casa e morgados dos seus avós maternos, e foi herdeira de seu pai. Esta senhora casou duas vezes: a primeira com D. João Forjaz Pereira Pimentel, 7.º conde da Feira, de quem não teve sucessão; a segunda vez com D. Nuno Álvares Pereira de Melo, 1.º duque do Cadaval.
ANTIGA PONTE |
HABITAÇÃO
A realidade local mostra que o parque habitacional no concelho e mais especificamente o da sede de concelho continua ainda hoje a oferecer condições pouco satisfatórias para uma parcela significativa de famílias, algumas das quais a residirem em alojamentos sem condições de habitabilidade.
Muito embora o concelho não conheça o dramatismo vivido nos grandes aglomerados urbanos, o seu parque habitacional destinado a habitação própria e permanente ainda se encontra um pouco afastado dos valores que reflectem uma habitação com qualidade. Apesar de tudo, observa-se uma melhoria significativa e generalizada nas condições de habitabilidade, constatáveis no aumento do número de alojamentos totalmente providos das respectivas infra-estruturas. Esta realidade sobe de nível quando se analisa o parque habitacional de segunda residência cuja importância aumenta exponencialmente na faixa litoral do concelho.
Muito embora o concelho não conheça o dramatismo vivido nos grandes aglomerados urbanos, o seu parque habitacional destinado a habitação própria e permanente ainda se encontra um pouco afastado dos valores que reflectem uma habitação com qualidade. Apesar de tudo, observa-se uma melhoria significativa e generalizada nas condições de habitabilidade, constatáveis no aumento do número de alojamentos totalmente providos das respectivas infra-estruturas. Esta realidade sobe de nível quando se analisa o parque habitacional de segunda residência cuja importância aumenta exponencialmente na faixa litoral do concelho.
Acresce o facto de se ter registado também um aumento de habitação própria, em consequência da política adequada de crédito à habitação. No entanto, essa realidade foi alterada nos últimos anos com o fim do crédito jovem bonificado à aquisição de casa própria o que veio dificultar a vida a muitas famílias.
Este contexto geral é particularmente gravoso em Odemira, concelho onde se praticam preços de habitação completamente fora do alcance da maioria das bolsas.
Este quadro de dificuldades especialmente no interior do concelho aconselha a medidas de descriminação positiva, como são exemplos a melhoria das acessibilidades e a oferta de condições para a construção de habitação própria a valores controlados.
Analisando os dados disponíveis, constatamos que em 2001 existiam ao nível de alojamentos: 18 389 alojamentos em Odemira em 16 139 edifícios, que se distribuem por forma de ocupação conforme se pode observar no gráfico seguinte.
Somente 55% dos edifícios são habitados permanentemente, daqui sobressai o peso do turismo, mas também da desertificação.
Neste contexto, a Politica de Habitação do Município passa pela disponibilização de lotes de terreno infraestruturado de baixo custo em Loteamentos Municipais, como forma de incentivar a todos os escalões etários e especialmente as classes sociais média/baixa à autoconstrução de habitação própria e permanente, e construção de habitação social em situações especiais como aquele que ocorre no realojamento de pescadores e actividades conexas com a pesca, na Azenha do Mar.
Por outro, a actividade das cooperativas de habitação locais tem sido diminuta e o estímulo provocado pelos programas nacionais de recuperação de imóveis também não se tem revelado eficaz, o que condiciona a oferta de habitação no mercado.
PATRIMÓNIO
A expressão “Odemira – Alentejo num só concelho” revela a diversidade de paisagens que vão desde as falésias da costa e suas praias, às faldas das serras do Cercal e de Monchique, até às planícies do interior, tão características do Alentejo. É esta imensa diversidade que constitui o principal atractivo desta região privilegiada pelo seu património natural.
A diversidade morfológica deste território, atravessado pelo rio Mira, permitiu que as populações aqui se fossem estabelecendo desde tempos muito recuados, conforme as suas necessidades e capacidades tecnológicas.
Do património arqueológico local, refiram-se os inúmeros vestígios arqueológicos existentes e saliente-se a Necrópole do Pardieiro e um troço das muralhas do antigo castelo de Odemira, ambas da Idade do Ferro e passíveis de ser visitadas.
NECRÓPOLE DO PARDIEIRO |
Desses tempos longínquos até hoje, são inúmeros os exemplos de arquitectura tradicional em taipa, ou outros edifícios vernáculos, grandes montes agrícolas ou pequenas povoações, chafarizes, noras, moinhos, sendo de salientar o enquadramento paisagístico em que estes testemunhos se inserem. Vila Nova de Milfontes, Odemira, Relíquias, Vale de Santiago, Colos, Santa Clara-a-Velha, S. Martinho das Amoreiras são exemplos de localidades que merecem uma visita pelo seu património arquitectónico.
As igrejas históricas, que estiveram na génese das povoações destas e doutras antigas freguesias, devem também ser referenciadas como elementos importantes de estruturação da paisagem e pela sua beleza singular.
A nível de património militar, o forte de S. Clemente, protector da povoação de Odemira, que tinha em Vila Nova de Milfontes o seu posto avançado contra a pirataria, aparece como um dos mais emblemáticos do concelho.
Mas para além dos elementos aqui referidos, aparecem as pequenas praças e largos, as varandas, as chaminés e até as cortinas que dão um toque pessoal e vivenciado às vilas, às aldeias, montes e lugares, , onde se desenvolvem as actividades locais, algumas delas ligadas ao rio e ao mar, como a pesca, com as suas tradições, usos e costumes, hábitos alimentares e vestuário, os transportes fluviais, o artesanato e actividades correspondentes … enfim, um riquíssimo património etnográfico.
Património Etnográfico
A etnografia é a ciência que estuda os povos do ponto de vista dos seus costumes, da sua mentalidade, do seu modo de vida, da sua cultura, desde as suas mais remotas origens até aos nossos dias.
Em termos práticos, podemos considerar o património etnográfico como o conjunto de objectos, actividades, usos, costumes e tradições que caracterizam o modo de viver de uma certa comunidade na sua relação entre si e com o ambiente em que se insere.
Em termos práticos, podemos considerar o património etnográfico como o conjunto de objectos, actividades, usos, costumes e tradições que caracterizam o modo de viver de uma certa comunidade na sua relação entre si e com o ambiente em que se insere.
Como fica evidenciado, o campo da Etnografia é tão vasto que dificilmente se identificam os seus limites. Desde logo o artesanato e tudo o que concorre para a sua produção - as actividades, utensílios e tradições que perduraram durante séculos, algumas das quais desapareceram e outras que se encontram em vias disso. Deu-se lugar à mecanização da agricultura, à transformação da indústria, perdeu-se a memória das histórias, dos despiques, dos provérbios, das lendas...
Numa história etnográfica não nos interessam apenas peças como os arados, trilhos, forquilhas, teares...mas também as máquinas surgidas na agricultura no primeiro quartel do séc. XX, o fabrico do pão, o ciclo do azeite, com o registo das técnicas de trabalho usadas desde a apanha da matéria prima até à sua transformação, sem esquecer os moinhos, os lagares e todos os materiais a eles associados.
Igualmente, não devemos deixar de registar outras actividades locais, algumas delas ligadas ao rio e ao mar, como a pesca, com as suas tradições, usos e costumes, hábitos alimentares e vestuário; dos transportes fluviais, com as suas embarcações e técnicas relacionadas com esta actividade.
Podemos incluir ainda o artesanato e actividades correspondentes, os trajes e enxovais, festas e tradições, feiras e romarias, as mezinhas, benzeduras e maldições, … enfim a nossa história como Alentejanos do litoral!
Podemos incluir ainda o artesanato e actividades correspondentes, os trajes e enxovais, festas e tradições, feiras e romarias, as mezinhas, benzeduras e maldições, … enfim a nossa história como Alentejanos do litoral!
PRAIA E CAMPO
É no Alentejo, no sudoeste de Portugal, que se situa Odemira, o maior concelho do país, cruzado pelas águas do Mira, um dos menos poluídos rios da Europa.
"Alentejo num só concelho" é uma excelente forma de o apresentar, já que aqui se pode encontrar, a costa mais preservada da Europa e as extensas possibilidades que oferecidas pelo interior, sendo certo que o melhor do Alentejo será, sempre, a qualidade das suas gentes.
Integrado no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, as praias do concelho continuam a ser a sua face mais conhecida e, de resto, muito apreciada. Da praia do Malhão, mais a norte, até ao Carvalhal, por toda a costa se recortam pequenas enseadas protegidas por escarpas e arribas de cor intensa.
Se algumas delas são muito frequentadas, como as que se situam junto a Vila Nova de Milfontes e Zambujeira – pelo menos nos meses de Julho, Agosto e aos fins-de-semana – outras, às quais a natureza dificultou o acesso, revelam-se verdadeiros paraísos, como por exemplo os Alteirinhos.
Merece referência a praia do Almograve, a cerca de 10 km sul de Vila Nova de Milfontes, em que a generosidade da paisagem natural é evidente. Aqui, fauna e flora encontram um entendimento notável, fontes de água potável brotam espontaneamente ao longo da linha costeira.
Junto à costa, é ainda de visita obrigatória o Cabo Sardão, promontório dominado por um belíssimo farol, com um miradouro de onde se abre uma deslumbrante vista sobre o oceano.
A conhecer, também, os portos de pesca em Vila Nova de Milfontes, Lapa de Pombas, Entrada da Barca e Azenha do Mar, que testemunham a principal ocupação, ao longo do tempo, das gentes do litoral.
Por toda a costa, o sol e as praias são pretexto para renovados momentos de fruição. À disposição do visitante encontram-se inúmeras esplanadas à beira mar, bares e discotecas, restaurantes, de ambiente familiar ou mais cosmopolita.
Por toda a costa, o sol e as praias são pretexto para renovados momentos de fruição. À disposição do visitante encontram-se inúmeras esplanadas à beira mar, bares e discotecas, restaurantes, de ambiente familiar ou mais cosmopolita.
Nos meses mais quentes do ano, as pequenas vilas costeiras do sudoeste alentejano conhecem um inesperado movimento que lhes confere intensa animação.
A região de Odemira é, no entanto, bem mais do que as suas praias. O interior do concelho promete maiores surpresas, proporcionais à capacidade de aceitar o desafio de partir à descoberta desta vastíssima área.
Passeios pedestres ou a cavalo, em bicicleta ou veículos todo-o-terreno, de barco ou de canoa, as hipóteses de escolha são inúmeras. Explorar caminhos na serra ou na várzea, conhecer os moinhos da região, de vento e de maré, ou efectuar o reconhecimento das espécies de aves existentes, e até, para os amantes de astronomia, a observação do céu são algumas das propostas possíveis.
Subir o rio Mira, navegável até Odemira, ou praticar desportos náuticos na barragem de Santa Clara são excelentes pretextos para dias bem passados. Na região existem algumas empresas com programas de animação e aventura, que se revelam excelentes parceiros, sugerindo passeios, circuitos, percursos e jogos.
Subir o rio Mira, navegável até Odemira, ou praticar desportos náuticos na barragem de Santa Clara são excelentes pretextos para dias bem passados. Na região existem algumas empresas com programas de animação e aventura, que se revelam excelentes parceiros, sugerindo passeios, circuitos, percursos e jogos.
ALMOGRAVE
Almograve – A praia situa-se a cerca de 500 metros da localidade de Almograve. É uma praia com um areal pouco profundo mas extenso, sendo igualmente um destino predilecto de milhares de turistas.
A maré baixa proporciona autênticas piscinas naturais para satisfação dos banhistas de todas as idades. Ao contrário, a maré-cheia costuma apresentar alguma rebentação. É uma praia vigiada e apresenta boas condições para a prática de bodyboard.
A maré baixa proporciona autênticas piscinas naturais para satisfação dos banhistas de todas as idades. Ao contrário, a maré-cheia costuma apresentar alguma rebentação. É uma praia vigiada e apresenta boas condições para a prática de bodyboard.
ALTEIRINHOS
Alterinhos – Esta praia situa-se a Sul de Zambujeira do Mar e é Recortada numa alta falésia.
Trata-se de uma praia de grande beleza natural dada a forma das rochas envolventes. Tal como todas as outras constitui um óptimo refúgio para quem procura a tranquilidade.
Trata-se de uma praia de grande beleza natural dada a forma das rochas envolventes. Tal como todas as outras constitui um óptimo refúgio para quem procura a tranquilidade.
A praia dos Alteirinhos é a única praia classificada como zona naturista do concelho de Odemira.
CARVALHAL
Carvalhal – Localiza-se a poucos quilómetros a sul da Zambujeira do Mar. O acesso faz-se por terra batida, mas outro itinerário possível tem como referência a povoação de Brejão.
Nos últimos anos, esta simpática praia tem constituído uma alternativa aos concorridos areais da Zambujeira. Apresenta-se num quadro natural caracterizado por um vale profundo, recortado por um riacho que atravessa a praia até ao mar. É uma praia concessionada, sendo a vigilância da competência do concessionário.
Nos últimos anos, esta simpática praia tem constituído uma alternativa aos concorridos areais da Zambujeira. Apresenta-se num quadro natural caracterizado por um vale profundo, recortado por um riacho que atravessa a praia até ao mar. É uma praia concessionada, sendo a vigilância da competência do concessionário.
FRANQUIA E FAROL
Franquia e Farol – São as principais praias de Vila Nova de Milfontes. Situam-se em plena foz do Mira, na margem norte do rio.
São praias conhecidas pela fraca ondulação e acesso fácil, cativando por isso famílias com crianças, mas também os amantes dos desportos aquáticos. Ambas são praias vigiadas. A praia do Farol tem concessionário, sendo a vigilância da sua competência.
São praias conhecidas pela fraca ondulação e acesso fácil, cativando por isso famílias com crianças, mas também os amantes dos desportos aquáticos. Ambas são praias vigiadas. A praia do Farol tem concessionário, sendo a vigilância da sua competência.
ZAMBUJEIRA DO MAR
Zambujeira do Mar – Recortada numa alta falésia é um dos destinos turísticos mais procurados da zona.
Tal como todas as outras, é ladeada por pequenas praias, tanto a norte como a sul, constituindo óptimos refúgios para quem quiser evitar a agitação das praias principais e desfrutar de momentos de verdadeira descontracção e contacto com a natureza no seu estado mais puro. É uma praia vigiada, com boas condições para a prática de surf e bodyboard.
Tal como todas as outras, é ladeada por pequenas praias, tanto a norte como a sul, constituindo óptimos refúgios para quem quiser evitar a agitação das praias principais e desfrutar de momentos de verdadeira descontracção e contacto com a natureza no seu estado mais puro. É uma praia vigiada, com boas condições para a prática de surf e bodyboard.
ESPAÇOS VERDES
O Município de Odemira dispõe de Viveiros Municipais localizados na Boavista dos Pinheiros, próximos do qual se pode disfrutar do Parque das Águas – que inclui uma ampla zona de merendas.
No concelho existem alguns espaços verdes de grande beleza natural. São exemplos disso o Passeio Ribeirinho do Mira, o jardim da Fonte Férrea e o jardim Sousa Prado em Odemira.
VIVEIROS MUNICIPAIS
Este espaço ocupa cerca de 2,5 ha dentro da qual se desenvolvem as 3 estufas de produção de plantas destinadas ao ajardinamento de espaços municipais e para fins didáticos.
A criação dos Viveiros e Quinta Pedagógica constitui uma das valências com importância relevante na problemática da Educação Ambiental das populações, particularmente voltada para os jovens, com destaque para a massa estudantil local e regional.
Na Quinta Pedagógica foram contemplados diferentes espaços onde se releva a biodiversidade e se levam a cabo actividades de preservação ambiental e de turismo da natureza, com especial interesse educativo.
Estes espaços funcionam de forma integrada e proporcionam aos visitantes um conhecimento aprofundado e alargado de várias matérias.
PARQUE DAS ÁGUAS
O Parque das Águas é um amplo espaço verde, localizado na povoação Boavista dos Pinheiros a 3,5 Km de Odemira.
Possui uma vegetação frondosa, de pinheiros, freixos e salgueiros e por algumas espécies exóticas.
Devido à existência de nascentes, era a partir deste local que se fazia o tratamento por filtragem e desinfecção das águas para abastecimento à Boavista dos Pinheiros, Portas do Transval e vila de Odemira.
Devido à existência de nascentes, era a partir deste local que se fazia o tratamento por filtragem e desinfecção das águas para abastecimento à Boavista dos Pinheiros, Portas do Transval e vila de Odemira.
Este Parque foi objecto de um conjunto de intervenções que permitiram a requalificação das zonas plantadas e a renaturalização de linhas de água.
Estas intervenções foram acompanhadas da instalação de painéis de sinalética interpretativa e da edição de materiais didácticos e informativos centrados no tema base deste Parque – “ a água como recurso essencial à vida”!
Zona Infantil
Trata-se de um espaço harmonioso e integrado, com valências diversificadas, locais de descanso e lazer, locais de merendas, zonas de espectáculos, naturalização de uma ribeira e construção de pequenas cascatas, um pequeno lago e um espelho de água, um parque infantil e um percurso educativo;
O Parque das Águas tem por objectivos:
*Sensibilizar e incentivar as populações para práticas de vida saudáveis, em espaços verdes qualificados, que propiciem a vida em colectividade;
*Informar e sensibilizar para a importância dos espaços verdes e para a necessidade da sua preservação;
* Informar e sensibilizar para a importância da água e para a necessidade da sua preservação.
PERCURSO RIBEIRINHO DO MIRA
Trata-se de uma ampla zona verde na margem direita do rio Mira em Odemira que constitui o Percurso Temático na Zona Ribeirinha do Mira.
Este Percurso constitui o espaço de aprendizagem, de recreio e lazer ligado aos ecossistemas ribeirinhos que permite aos visitantes um conhecimento pormenorizado de aspectos biofísicos do rio Mira e dos seus afluentes, aliando-se a este conhecimento a fruição paisagística da zona ribeirinha.
Este Percurso constitui o espaço de aprendizagem, de recreio e lazer ligado aos ecossistemas ribeirinhos que permite aos visitantes um conhecimento pormenorizado de aspectos biofísicos do rio Mira e dos seus afluentes, aliando-se a este conhecimento a fruição paisagística da zona ribeirinha.
Zona Ribeirinha da Vila de Odemira
Ao nível do sistema estuarino do Rio Mira, de realçar as suas funções de nursery, condicionando a produtividade da zona costeira adjacente, e a importância de protecção das áreas de sapal.
BARRAGEM DE SANTA CLARA
Uma visita a não perder é à Barragem de Santa Clara, a 4 Km da sede de freguesia. Mandada construir pelo Estado Novo, a albufeira cobre uma área de 1986 hectares, sendo considerada uma das maiores da Europa. Alimentada pelo Rio Mira, a partir de Santa Clara a água percorre 84,9 Km de canais, 50,4 Km de distribuidores e 309,6 Km de regadeiras.
O espelho de água de Santa Clara é dos mais fortes pontos de interesse turístico do interior do concelho de Odemira. Um passeio por este lago gigante permite observar os seus inúmeros recantos e ilhéus, quase sempre com uma paisagem de floresta como envolvência.
Nas suas águas pode-se praticar canoagem, remo ou pesca desportiva, sendo que ali abundam o achigã, o pimpão e o lagostim.
Envolvida numa deslumbrante paisagem serrana, a barragem de Santa Clara-a-Velha dá acolhimento a uma das Pousadas mais tranquilas e bonitas do país, a Pousada da Barragem de Santa Clara. Das suas varandas e piscina, a magnífica vista convida ao descanso. O edifício original onde hoje se situa a Pousada foi construído conjuntamente com a Barragem, que foi inaugurada em 1969. Após obras de restauro e ampliação reabriu em Maio de 1996 com 19 quartos – lotação actual.
Local sossegado, torna-se ideal para os amantes da caça, pesca, dos desportos náuticos ou simplesmente para um período de descanso em perfeita integração com a natureza. Com uma situação impar, olhando a barragem de frente e rodeado de montes e vales, cobertos de intensa vegetação. Das suas varandas e piscina, a magnifica vista convida ao descanso.
A poucos quilómetros a aldeia de Santa Clara-a-Velha merece uma visita atenta e demorada. A aldeia, branca e florida, desenvolveu-se à sombra da Igreja de Santa Clara de Assis, conservando o seu carácter rural.
Nota também para a Fonte do Azinhal, datada de 1892 e restaurada em 1995, junto da qual existe um aprazível parque de merendas.
Junto da estrada de acesso à Barragem, destaque para a Ponte de D. Maria, ou Ponte Romana, como também é conhecida.
CABO SARDÃO
O REINO DA CEGONHA-BRANCA
Entre Almograve e a Zambujeira do Mar fica o ponto mais ocidental da costa alentejana.
Guardado por um farol, sentinela do Cabo Sardão, este é um lugar de reconciliação absoluta com a paisagem terrestre e marítima.
Guardado por um farol, sentinela do Cabo Sardão, este é um lugar de reconciliação absoluta com a paisagem terrestre e marítima.
Não é possível ficar indiferente perante as imponentes escarpas cavadas a pique em direcção a um mar possante e ao mesmo tempo sereno, ou confrontado com um horizonte de planícies infindáveis, cobertas por uma vegetação rasteira e verdejante.
Aqui, o mundo abranda até quase parar. A brisa diurna faz esquecer preocupações, correrias e más disposições.
Aqui tudo é relativo. Só importa a comunhão dos sentidos. A beleza esmagadora e a paz inebriante vão "obrigá-lo" a uma introspecção, a um abandono do supérfluo, a uma demanda fácil da felicidade. Esqueça o tempo. Faça tudo ao ritmo do voo planado de uma ave, do ar ameno, do andar mole e relaxado dos habitantes. Enfim, adaptando um ditado já muito antigo, no Alentejo, faça como os alentejanos.
Aqui tudo é relativo. Só importa a comunhão dos sentidos. A beleza esmagadora e a paz inebriante vão "obrigá-lo" a uma introspecção, a um abandono do supérfluo, a uma demanda fácil da felicidade. Esqueça o tempo. Faça tudo ao ritmo do voo planado de uma ave, do ar ameno, do andar mole e relaxado dos habitantes. Enfim, adaptando um ditado já muito antigo, no Alentejo, faça como os alentejanos.
Neste ambiente tão propício o céu é invadido por milhões de pontos brilhantes de luz, estrelas invisíveis na urbe, constelações mágicas.
Este é um sítio de passagem ao longo da estrada costeira que liga Almograve à Zambujeira. Para atingir o Cabo Sardão passamos pelo Cavaleiro, aldeia pouco badalada, mas onde a pesca à linha do Sargo tem uma presença constante e os Percebes têm mais sabor que em qualquer outro sítio da Costa Sudoeste.
Cabo Sardão Caminhe até ao imponente farol, construído em 1915, com uma torre de 17 metros de altura, quadrangular de alvenaria e com lanterna cilíndrica vermelha.
Mais adiante, junto à falésia, pode admirar os veios cravados nas paredes rochosas, as ilhotas semeadas aqui e ali ao longo da costa, os muitos casais de cegonha-branca que só aqui e apenas nesta costa escolheram o seu local de nidificação. No resto da Europa poderá encontrá-las, mas mais para o interior. Entre as aves típicas desta região, e se estiver atento, verá também falcões-peregrinos, gralhas-de-bico-vermelho e mais raramente francelhos.
Acesso: consulte a página sobre Acessibilidades.
Se quiser saber mais pormenores sobre o interior do edifício e a vida dos faroleiros ligue para a Capitania de Sines e marque uma visita guiada, ou aceda a: http://www.marinha.pt
GASTRONOMIA
A gastronomia do concelho de Odemira é profundamente marcada pela simbiose entre a serra, o mar e o rio. É possível encontrar, ao mesmo tempo, pratos de peixe fresco, nomeadamente grelhado, com os tradicionais pratos alentejanos, como os enchidos.
Sopas:
Sopa de tomate
Sopa de batata com beldroegas
Açorda de marisco
Carne:
Frango de molho
Jantarinho de grão
Ensopado de borrego
Peixe:
Sargo grelhado
Filetes de peixe pampo
Moreia frita
Feijoada de búzios
Arroz de polvo
Arroz de marisco
Petiscos/outros:
Salada de búzios
Salada de ovas
Preceves
Doçaria:
Bolo lêvedo
Bolo de torresmos
Alcôncoras (biscoitos de azeite e mel)
IN
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- "SITE DO MUNICÍPIO"
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