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Apenas entre 20 e 30% dos cargos importantes são ocupados por mulheres
Em Portugal, há apenas entre 20 a 30 por cento de mulheres nos cargos de topo, muito graças à Função Pública, revela a Comissão para a Igualdade no Trabalho, para quem há poucos, mas bons exemplos nacionais.
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) promove segunda-feira um encontro sobre 'Vantagens Competitivas da Igualdade de Género para as Empresas', em Lisboa, e, em declarações à agência Lusa, a presidente da CITE revelou que em Portugal ainda há muito para fazer nesta matéria.
«Os dados flutuam sempre, tem tudo a ver com as fontes onde são obtidos, mas estamos à volta dos 20 a 30 por cento de [mulheres nos] cargos de direcção, isto porque contamos com o sector público onde há mais mulheres em cargos de direcção porque ao nível do sector privado é muito fraco», revelou Sandra Ribeiro.
Dados da CITE actualizados em Agosto de 2011 mostram que em 2010 havia apenas 6,2 por cento de mulheres entre os membros do conselho de administração das vinte maiores empresas cotadas em bolsa (PSI 20). Dos 242 membros, 227 eram homens e 15 eram mulheres.
Um número que ainda assim representa uma melhoria face ao ano anterior, onde em 249 membros de conselhos de administração, 241 eram homens e oito eram mulheres, o que representava 3,2 por cento.
Passando para alguns sectores da Função Pública, a proporção melhora ligeiramente.
Em 2010, 2009 e 2008, dos seis membros do conselho de administração do Banco de Portugal, apenas um era uma mulher. Entre os juízes, a maioria são mulheres, representando já quase 56 por cento do total de magistrados, uma vez que do total de 1 777 juízes, 990 são do sexo feminino.
Em relação aos membros do conselho de reitores das universidades portugueses, os dados mais recentes são de 2008 e mostram que entre os 16 reitores, há apenas uma mulher.
No que diz respeito aos investigadores do ensino superior, não há dados depois de 2002 e nesse ano a proporção era de quase 50 por cento, com 5 051 homens e 4 451 mulheres.
Ao nível da desigualdade salarial, os dados da CITE mostram também que é tanto maior quanto mais elevado o nível de qualificação e que é na categoria de quadros superiores que a desigualdade é particularmente acentuada, com as mulheres a terem uma remuneração média de base 29,1 por cento abaixo da dos homens e 30,1 por cento abaixo em termos de ganhos.
Na opinião da presidente da CITE, entre as empresas portuguesas há poucos exemplos de igualdade de género, mas os poucos que existem são muito bons.
«Temos bons exemplos, mas poucos e eu creio que a maior parte das empresas ainda não acordou para esta questão», apontou Sandra Ribeiro, focando que este é um problema transversal a todos os sectores empresariais.
O encontro promovido pela CITE vai trazer a Portugal representantes de empresas estrangeiras fundadoras do Fundo de Dotação 'Arborus' para a Igualdade Profissional.
Trata-se do primeiro fundo de dotação para a igualdade de género na Europa e foi criado em 2010, sob o alto patrocínio do Conselho Económico e Social Europeu (CESE) e das empresas BNP PF, PSA Peugeot Citröen, L’Oréal, Orange, GE Energy France e Randstat.
Na mesma ocasião, será entregue o Prémio Europeu da Igualdade.
* Revoltai-vos mulheres deste País, mas reflictam nas ricas prendas que pariram e hoje nos governam!!!
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