.
.
HOJE NO
"RECORD"
Boris Becker:
«Os meus filhos são vítimas de racismo pelo menos uma vez por semana»
Antigo tenista alemão tem sido criticado pelos próprios fãs por lutar contra o racismo
A morte de George Floyd no Estados Unidos desencadeou uma onda de
protestos contra o racismo à escala global e o antigo tenista alemão
Boris Becker assume tratar-se de um tema bastante pessoal.
.
"Os meus quatro filhos são mestiços e os três mais velhos são vítimas de racismo pelo menos uma vez por semana, por isso falo frequentemente com eles sobre este tema", explica Becker em declarações ao 'Bild am Sonntag'.
.
"Os meus quatro filhos são mestiços e os três mais velhos são vítimas de racismo pelo menos uma vez por semana, por isso falo frequentemente com eles sobre este tema", explica Becker em declarações ao 'Bild am Sonntag'.
Becker é casado com Barbara Feltus, filha de um soldado afro-americano e
de uma alemã, e explica que apenas o filho mais novo do casal (Amadeus,
de 10 anos) não é alvo de racismo porque "não viaja sozinho como fazem
os irmãos mais velhos".
Na semana passada o tricampeão de Wimbledon, de 52 anos, participou em
várias ações de protesto contra o racismo em Londres e diz ter recebido
muitas críticas nas redes sociais dos próprios fãs, algo que o chocou.
"Fui insultado da pior maneira com comentários de ódio e malícia.
Qualquer pessoa que tenha reservas sobre a população negra está a
atacar-me pessoalmente. Posso muito bem viver sem esses fãs", explica.
Becker diz que dá o máximo de apoio aos filhos para que estes sejam
capazes de lidar com os ataques racistas. "'Educa-te, informa-te. Quanto
mais souberes, melhor. Quando o racista vê que o superas profissional e
humanamente esse é um castigo muito mais duro'. É esta a mensagem que
passo aos meus filhos", assume a lenda do ténis alemão, que não suporta
expressões racistas e diz que é hora de erradicar o fenómeno da
sociedade.
"Exijo uma intervenção. Há muito que evoluímos de macacos para humanos e
devemos tratar os nossos semelhantes com o mesmo respeito", conclui.
* Será que evoluímos mesmo ou ainda somos só "erectus", o "sapiens" ainda demora?
.
Sem comentários:
Enviar um comentário