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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Supremo Tribunal manda prender
Sara Winter e mais cinco extremistas
pró-Bolsonaro
Líderes do "300 do Brasil", milícia armada de extrema-direita, são suspeitos de captar recursos para realizar atos anti-democracia. No sábado à noite, lançaram fogo de artifício sobre a sede do Supremo Tribunal Federal
A polícia brasileira prendeu Sara Winter e tem mandado de prisão de
mais cinco integrantes do "300 do Brasil", milícia armada de
extrema-direita de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
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PROFISSIONAL FOLCLÓRICA |
Eles são acusados de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.
A
detenção cumpre decisão do juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre
de Moraes, que por sua vez atendeu um pedido do procurador-geral adjunto
da República, Humberto Medeiros.
Na noite de sábado, o grupo lançou fogos de artifício sobre o Supremo
Tribunal Federal (STF). E no domingo à tarde, Renan Sena, um
ex-funcionário público que também integra o grupo, foi preso por calúnia
e injúria após divulgar vídeo com ofensas contra o STF, o Congresso
Nacional e o governador de Brasília Ibaneis Rocha.
Já no
dia 30 de maio, Sara Winter havia liderado uma manifestação com
referências a grupos neonazis e de supremacistas brancos americanos,
como o Ku Klux Klan, cujo líder elogiou, ainda em campanha eleitoral, a
candidatura de Bolsonaro.
Alvo de busca e apreensão num inquérito que investiga a propagação de fake news,
a ativista desafiou o juiz do STF que desencadeou a ação para "trocar
socos". Na ocasião, disse também que sabia onde o magistrado - Alexandre
de Moraes - morava, que iria descobrir que são as suas empregadas
domésticas e que tornaria a vida dele num inferno.
A defesa de Sara Winter trata a detenção como "prisão política". "Como defesa, vamos apresentar um habeas corpus. Vamos lutar de todas formas porque estamos vendo que isso é uma prisão política", afirmou a advogada Renata Tavares.
A
decisão dividiu atuais e ex-bolsonaristas. A deputada federal Carla
Zambelli, muito próxima do presidente, disse que "Sara não é perigosa".
Já Sérgio Moro, que se demitiu em abril do governo, considerou
"acertada" a prisão.
O percurso de Sara Fernanda Giromini, de seu
nome verdadeiro, é sinuoso. A ativista que hoje defende, de pistola em
punho, o presidente da República Jair Bolsonaro quis em 2014 castrar o
então deputado Jair Bolsonaro.
"Queremos mostrar ao
Bolsonaro que nem mulher nua merece ser estuprada", afirmou num evento
feminista na Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul do Rio de
Janeiro, ao lado de um boneco castrado representando o parlamentar.
Os brasileiros habituaram-se por esses anos a ver Sara, hoje com 27
anos, com os seios destapados e pintados com a frase, em inglês,
"enquanto a sua seleção está jogando, brasileiros estão morrendo" na
praia de Ipanema, no Rio, durante o Mundial de futebol no país, ou
completamente nua, na Avenida Paulista, em São Paulo, num ato ao lado do
grupo feminista "Bastardxs", que fundou depois de romper com o Femen,
pelo parto livre.
Também completamente nua surgiu no centro da
Cidade Maravilhosa amarrada a uma grade, suja de tinta encarnada a
simular sangue e com um cartaz a seus pés onde se lia "machismo mata",
como resposta ao comentário "um pouco de machismo até faz bem", de um
ator de uma novela então em exibição na TV Globo.
Ao longo
de três anos, repetiu "beijaços gay" em frente a igrejas nas duas
principais cidades brasileiras, atou-se a uma cruz ao lado de uma outra
ativista com a sigla LGBT, pintou nos seios e no ventre palavras de
ordem como "eu sou gay", "fui prostituta: mereço morrer?", "legalize
aborto", "por livre e espontânea vontade", "free fuck".
Tudo
com base, contou ela, em ensinamentos colhidos em Kiev das fundadoras
do "Femen": não sorrir, mentir aos polícias em depoimento e fingir dor
ao ser confrontada pelos agentes nas manifestações por causa dos fotos
na imprensa.
O instante que mudou a sua perceção de vida, afirma, surgiu depois de fazer um aborto e de se sentir "tudo menos empoderada".
* Os imbecis são potencialmente criminosos, é melhor esta imbecil estar presa e que Bolsonasno lhe faça companhia.
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