ESTE MÊS NA
"GERINGONÇA"
"GERINGONÇA"
Havia mesmo alternativa.
Uma alternativa socialmente mais justa
Um post rapinado ao 365forte e publicado com o devido reconhecimento ao autor, a que acrescentamos um gráfico.
Todos nos recordamos que nos diziam não haver alternativa. Diziam até
que nenhum governante é sádico, nenhum governante tira rendimentos por
tirar. Transformaram a sua convicção ideológica na austeridade numa
certeza que é agora desmentida pela realidade.
Sabemos hoje que era mesmo possível devolver rendimentos, não cortar
as pensões, aliviar os impostos para a classe média e repor os apoios
sociais. Tal como era possível recuperar os serviços públicos no seu
acesso e na sua qualidade.
Mas sabemos mais. Sabemos não apenas que era possível. Sabemos também
que as políticas da maioria permitiram um maior desenvolvimento
económico. Ninguém acredita que sem a reposição de rendimentos a
economia teria crescido três trimestres acima do crescimento da Zona
Euro e o emprego teria sido criado a um ritmo sem paralelo histórico.
Boas políticas produzem mesmo bons resultados. A devolução de
rendimentos permitiu um alívio na procura interna e foi essencial para a
recuperação da confiança. A direita, após quatro anos de instabilidade,
prometia continuar com a instabilidade nos rendimentos com o corte de
600 M€ na pensões e a tentativa de tornar permanentes os cortes na
função pública.
Mas sabemos ainda mais. Sabemos desde a semana passada que a
alternativa da maioria é também socialmente mais justa. Diziam-nos que
as alterações nos impostos especiais sobre consumo ou sobre a reposição
dos vencimentos na função pública seriam regressivos. Os dados do INE
denunciam a falácia da direita: não é possível isolar uma medida do seu
conjunto para afirmar que a política é regressiva.
Os dados revelados na semana passada pelo INE mostram-nos um recuo em
todos os indicadores de desigualdade. Mas mostram também uma redução
bastante significativa dos indicadores de pobreza. Mais revelador das
políticas do governo são os indicadores de privação material para os
quais já contam 2 anos da governação: 2016 e 2017. A taxa de privação
material severa caiu de 9,6% em 2015 para 6,9% em 2017, aproximando-se
da média da Zona Euro de 6,6%.
Contra tudo o que nos disseram sobre o que era necessário à
sustentabilidade das contas públicas. Contra todos os que nos queriam
fazer acreditar numa austeridade perpétua. Esta maioria demonstrou que
havia mesmo uma alternativa. E mais importante que isso: que a
alternativa era socialmente mais justa.
* Depois do inferno orange/blue-yellow, o purgatório rosa até pode fingir que é céu.
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