HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Regling:
"Espanha, Irlanda, Portugal e Chipre
.entre os campeões de crescimento"
.graças às reformas
.entre os campeões de crescimento"
.graças às reformas
O líder do fundo de resgate da Zona Euro atribuiu o bom desempenho económico nacional às reformas implementadas nos tempos da troika. Mecanismo Europeu defende mais prudência orçamental, uma aceleração da limpeza da banca e cautela no salário mínimo.
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As reformas implementadas no tempo da troika estão a dar resultados
em termos de crescimento económico, entende Klaus Regling, o
director-geral do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o fundo de
resgate da Zona Euro, para quem os efeitos positivos do ajustamento dos
últimos anos não são suficientemente reconhecidos.
A mensagem
surge no relatório anual do MEE, publicado a 15 de Junho, e no qual se
recomenda que Portugal aprofunde os mecanismos de boa gestão orçamental,
acelere a limpeza do balanço dos bancos e acautele os efeitos negativos
da subida do salário mínimo sobre a competitividade.
"Muitas
vezes não é suficientemente reconhecido que os ajustamentos nas áreas
orçamental e de competitividade tiveram um impacto positivo no
crescimento e no emprego ao fim de algum tempo, mesmo que tenham sido
dolorosos inicialmente", escreve Klaus Regling na abertura do relatório
anual da instituição, acrescentando que "é particularmente gratificante
ver que todos os antigos países de programa – Espanha, Irlanda,
Portugal, e Chipre – estão entre os campeões de crescimento na Europa".
Para o líder do fundo de resgate "isto mostra que a abordagem do MEE de
providenciar solidariedade aos países da Zona Euro em troca de reformas
económicas funciona".
Da
análise do MEE à situação económica nacional sobressai a ideia de que o
actual bom momento não deve ser dado como garantido. Os bons resultados
orçamentais ainda carecem de políticas enraizadas de boa gestão, os
bancos estão frágeis e o mercado de trabalho e competitividade continua a
ser importantes desafios, avisa-se.
"Esforços para
entrincheirar políticas orçamentais prudentes para dessa forma colocar a
elevada dívida pública numa trajectória descendente devem ser
fortalecidos. O sistema bancário português continua vulnerável devido à
baixa rentabilidade e elevado malparado, apesar da recapitalização dos
dois maiores bancos representar um desenvolvimento positivo. (…) [E] o
aumento do salário mínimo suportou a despesa dos consumidores, mas o
aumento dos custos laborais pode colocar em risco os ganhos de
competitividade", lê-se nas páginas do relatório dedicadas a Portugal.
Face
aos desafios colocado pela elevada dívida e baixo crescimento
potencial, o país "deve continuar a adoptar as medidas recomendadas pelo
Conselho da UE que visam promover a competitividade. [Assim como]
continuar a lidar com o elevado stock de crédito malparado no balanço
dos bancos", recomenda o MEE, que é maior credor do país, com um
empréstimo de 26 mil milhões de euros.
* Um mar de rosas...os espinhos é que nos picam!
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