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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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PSD, CDS-PP, PCP "chumbam"
votos de condenação da situação
de ativistas angolanos
As
bancadas de PSD, CDS-PP e PCP rejeitaram hoje votos de PS e BE de
condenação da situação de 17 ativistas angolanos condenados a penas de
prisão, após julgamento por coautoria de atos preparatórios para uma
rebelião e associação criminosa.
Comunistas,
sociais-democratas e democratas-cristãos votaram contra o texto
apresentado pela bancada socialista, a lastimar "a situação a que se
assiste e que atenta contra princípios elementares da democracia e dos
estados de direito, fazendo votos para que seja corrigida", o qual
mereceu votos favoráveis de PS, BE, PEV e do deputado do PAN.
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O
documento bloquista, que "condena a punição dos ativistas", "apela à
tramitação do processo" sob "princípios fundadores do estado de direito"
e "à libertação dos ativistas", também foi "chumbado", apesar da
abstenção do PS e dos votos a favor de 17 parlamentares socialistas como
Isabel Moreira, Porfírio Silva, Paulo Trigo Pereira, Edite Estrela,
Sónia Fertuzinhos ou Maria da Luz Rosinha, entre outros, enquanto PCP,
PSD e CDS-PP voltaram a contrariar a iniciativa.
Os
outros parlamentares do PS que votaram a favor foram Rosa Albernaz,
João Paulo Rebelo, Susana Amador, Tiago Barbosa Ribeiro, Carla Sousa,
Maria Augusta Santos, Pedro do Carmo, Isabel Santos, Carla Tavares,
André Pinotes Baptista e Marisabel Moutela.
Após
a votação, à qual assistiram desde as galerias, entre outras pessoas,
uma irmã do músico e ativista luso-angolano Luaty Beirão e o humorista
Ricardo Araújo Pereira, que tem manifestado publicamente apoio à causa,
vários tribunos anunciaram a intenção de apresentar declarações de voto.
A
bancada do PCP avançou com um texto em que "reafirma igualmente a
importância do respeito pela soberania da República de Angola, do
direito do seu povo a decidir - livre de pressões e ingerências externas
- o seu presente e futuro, incluindo a escolha do caminho para a
superação dos reais problemas de Angola e a realização dos seus
legítimos anseios".
Os comunistas
justificaram os seus votos contra os textos com a "objeção da tentativa
de retirar do foro judicial uma questão que a ele compete esclarecer e
levar até ao fim no quadro do respeito pelos direitos, garantias
processuais - incluindo instrumentos legais de recurso -, normas
jurídicas e princípios constitucionais da República de Angola".
Na
segunda-feira, um tribunal de Luanda condenou a penas entre dois anos e
três meses e oito anos e seis meses de prisão efetiva 17 ativistas
angolanos - um dos quais, Luaty Beirão, - após um julgamento iniciado em
16 de novembro, por coautoria de atos preparatórios para uma rebelião e
associação criminosa.
Os jovens
ativistas, detidos durante um encontro, a 20 de junho do ano passado e
no qual partilhavam a leitura do livro "Da ditadura à democracia",
rejeitaram sempre as acusações que lhes foram imputadas e declararam em
tribunal que os encontros semanais que promoviam visavam discutir
política e não promover qualquer ação violenta para derrubar o regime.
A
editora em Portugal da referida obra de Gene Sharp, Bárbara Bulhosa,
também esteve presente na Assembleia da República, ao lado de Araújo
Pereira.
* Profunda nojice a declaração do PCP, demonstrativa do cordão umbilical que o liga ao cadáver da União Soviética.
** PSD e CDS o nojo e a subserviência do costume.
** PSD e CDS o nojo e a subserviência do costume.
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