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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
18 casos de cancro assustam trabalhadores da Segurança Social
de Vila Franca
Quase metade dos 41 trabalhadores do mesmo serviço da segurança social teve ou tem cancro. Câmara admite mudança de instalações
Os
trabalhadores do Serviço Local de Vila Franca de Xira da Segurança
Social ameaçam fazer greve por tempo indeterminado, a partir de
terça-feira, queixando-se das condições do edifício, às quais associam a
existência de 18 casos de cancro nos 41 funcionários daquele serviço. O
presidente da Câmara de Vila Franca já admitiu a possibilidade de
transferência dos trabalhadores para novas instalações, face às queixas
sobre a qualidade do ar no atual edifício.
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A ação de protesto foi
convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
(STFPS), que exige que as instalações sejam encerradas e que os
trabalhadores sejam transferidos para outras.
O presidente da
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), disse
que a autarquia está preocupada e que se encontra a negociar com o
Instituto da Segurança Social uma nova localização para estes serviços.
"Não
vou dizer que há uma causa-efeito entre as condições do edifício e a
incidência de casos de doenças oncológicas. O Instituto Ricardo Jorge
está a trabalhar nas instalações para averiguar. De qualquer forma,
estamos em contacto com a Segurança Social para saber se há uma solução
para transferir as pessoas", referiu o autarca.
Nesse sentido,
Alberto Mesquita defendeu que mesmo que se chegue à conclusão de que as
condições do edifício nada têm a ver com os casos de doença oncológica,
os trabalhadores deverão ser transferidos para outras instalações.
"A
questão psicológica é essencial. Queremos encontrar uma solução para
conforto, para que as pessoas estejam tranquilas no seu dia-a-dia",
argumentou.
Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, fonte do
Instituto da Segurança Social, referiu que, a partir do momento que
tomou conhecimento das apreensões dos trabalhadores, levou a cabo um
conjunto de ações nas instalações, nomeadamente a "análise à qualidade
do ar e um pedido de intervenção do Instituto Ricardo Jorge".
A
mesma fonte acrescentou que se chegou à conclusão de que é necessário
"rever o sistema de climatização, incluindo a sua higienização e a sua
reativação, para garantir os níveis adequados de qualidade do ar
interior".
A Segurança Social adiantou, ainda, que se verificou
"um elevado excesso acumulado de papel arquivado, não só em corredores
de circulação, mas também em zonas de acesso e também em locais de
trabalho".
Por seu turno, em declarações à Lusa, o sindicalista
Alcides Teles, do STFPS, disse que a paralisação prevista vai ocorrer
até que seja deliberado o encerramento daquelas instalações.
"Estas
instalações já estiveram encerradas entre 1998 e 2002 por problemas
semelhantes e nem as obras que ali foram realizadas conseguiram resolver
a situação. A única solução é encerrar", defendeu.
Alcides Teles referiu que esta situação já foi transmitida à Procuradoria-Geral da República e aos grupos parlamentares.
O
sindicalista disse, ainda, que caso esta situação de Vila Franca de
Xira não fique resolvida, poderá ocorrer na segunda semana de março um
dia de greve de todos os trabalhadores do Centro Distrital de Lisboa da
Segurança Social.
* Governos trataram com zelo funcionários da SS de Vila Franca de Xira.
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