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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Presidente da ERC diz que
"jornalismo do cidadão é uma treta"
O presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social, Carlos
Magno, disse hoje que no futuro o jornalismo de qualidade tem de ser
pago e considerou que o chamado "jornalismo do cidadão", com recurso
sobretudo às redes sociais, "é uma treta".
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O responsável pela entidade que regula a comunicação social
participou hoje na conferência organizada em Lisboa pela TSF, que
assinala os 28 anos passados sobre a criação da rádio por Emídio Rangel,
tendo considerado que as principais fragilidades atuais da comunicação
social são "a proletarização dos jornalistas e a profissionalização das
fontes".
Carlos Magno fez ainda fortes críticas ao jornalismo que faz uso
intensivo do que se passa nas redes sociais, afirmando que hoje há a
figura do "jornalista enviado especial à Internet".
"É preciso dizer que o jornalismo do cidadão é uma treta. O
jornalismo custa dinheiro, tem de ter ética, código deontológico, tem de
ser remunerado e tem de se perceber que custa dinheiro", afirmou o
atual presidente da ERC, que enquanto jornalista participou na fundação
da TSF.
Apesar de dizer que compreende que hoje a comunicação social passa
por uma crise "terrível", com falta de dinheiro, considerou também que
no futuro quem quer bom jornalismo vai ter de perceber que tem de o
pagar.
"Vai ser preciso pagar o jornalismo que queremos consumir se queremos qualidade", realçou.
Críticas muito semelhantes também foram feitas, nesta conferência da
TSF, pelo historiador e político Pacheco Pereira, ao afirmar "redes
sociais não produzem jornalismo" e que é essencial o jornalista
profissional para fazer o "trabalho de mediação sobre a matéria do
mundo".
* Quem dá cabo do jornalismo de qualidade não são as redes sociais, são os patrões das empresas que salvo raras excepções é gente pouco séria.
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