HOJE NO
"OBSERVADOR"
Só casas superiores a 574 mil euros
. vão poder ser penhoradas
PS quer impedir que sejam retiradas casas a quem tenha dívidas ao fisco ou à segurança social, independentemente do montante. Desde que imóveis não valham mais do que 574 mil euros.
A Assembleia da República vai discutir e aprovar esta quinta-feira as
propostas da esquerda para impedir que sejam retiradas as casas de
morada de família a quem tenha dívidas ao fisco ou à segurança social.
De fora da proposta do PS ficam as casas com elevado valor – mais de 574
mil euros – para evitar que aqueles que têm elevado património fiquem
intencionalmente ao abrigo desta proteção.
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De acordo com o projeto
de lei do PS, que será esta semana viabilizado pela maioria de esquerda
no Parlamento, passam a ser proibidas as vendas de casas de morada de
família em processo de execução fiscal, independentemente do montante em
dívida ao fisco ou à segurança social. A ideia já vinha contemplada no
programa de Governo, sendo que os socialistas dizem que vai ainda mais
longe por a proibição ser para todas as penhoras, sem exceção,
independente do valor da dívida.
De fora da proposta do PS ficam os imóveis de “elevado valor
tributário”, sob o pretexto de evitar que “os contribuintes com elevado
património se coloquem intencionalmente ao abrigo desta proteção,
convertendo o seu património numa única residência de elevado valor”,
lê-se na proposta. Ficam assim de fora desta proibição de penhoras as
casas de valor superior a 574 mil euros (taxa máxima em sede de Imposto
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis).
No programa
de Governo, o PS prometia prevenir as penhoras habitacionais, proibindo
as execuções fiscais sobre a casa de morada de família “relativamente a
dívidas de valor inferior ao valor do bem executado e suspensão da
penhora da casa de morada de família nos restantes casos”.
O Bloco
de Esquerda tem também um projeto de lei sobre o mesmo tema, para
garantir a impenhorabilidade e a impossibilidade de execução de hipoteca
do imóvel de habitação própria e permanente por dívidas fiscais. A
discussão dos projetos de lei está marcada para esta quinta-feira,
devendo ser votados e aprovados na sexta-feira.
* É melhor aguardar a aplicação da medida e fazer as contas ao dinheiro que não é recuperado através da não execução da penhora. Consideramos que a decisão de executar ou não deveria ser caso a caso, com transparência.
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