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IN "SOL"
25/12/15
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O descaramento do
Tomé do Banif
Jorge Tomé, o presidente executivo do Banif, é o cúmulo do
descaramento, ao protestar contra a resolução do seu Banco. A não ser
que o faça na qualidade de contribuinte, como todos nós, e assim deveria
ter começado por protestar contra a sua ação banqueira. Mas enfim, num
país em que os jornais prezam muito ouvi-lo, a ele e ao presidente do
Banco, Luís Amado, sobre este tema e outros mais complexos, é talvez
natural este descaramento.
De resto, até talvez entendo que os contribuintes
deveriam protestar mais. Contra o Governo anterior, primeiro, logo a
seguir contra o Banco de Portugal, depois contra Bruxelas, mas também um
pouco contra esta equipa de Costa-Centeno.
Uma coisa me parece cada vez mais fantástica: como é que Bruxelas
achava que a integração do Banif na CGD constituía concorrência desleal,
mas acha que já não constitui o Santander ser beneficiado quase de
borla com um Banco em que escolhe os ativos (sobretudo a quota de
mercado), deixando os tóxicos.
E o descaramento desta Comissão Europeia (que não hesita em afetar a
Saúde dos cidadãos para os obrigar a pagarem devaneios dos banqueiros)
parece-me tão horrível, como o PSD, depois da sua enorme
responsabilidade no caso, e depois de o seu líder admitir que a solução
encontrada era a sua preferida (embora tivesse engonhado 3 anos a piorar
a situação, sem se atrever a resolvê-la),ainda sugerir a possibilidade
de não votar a favor (bem sei que acabou por se abster – abster!,
veja-se o oportunismo irresponsável de quem esteve anos no Governo –,
mas houve a tal sugestão) do Orçamento Retificativo que cobre o
problema.
IN "SOL"
25/12/15
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