HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Dez boatos que circulam na Internet
O JN recolheu dez histórias falsas que circulam na Internet, mas que deixam os internautas alarmados. Relatos como estes vão fazer com que a PSP avance, em 2016, com uma campanha de esclarecimento.
Crianças levadas junto a escola
Um trio de "romenos", numa carrinha,
ronda escolas do Grande Porto para raptar crianças. Em Custóias, a
vítima foi uma "miúda de 12 anos". O falso alerta chega a dizer que "a
Polícia apanhou dois", mas "falta saber quantos mais há por aí". E avisa
que "eles andam" por S. Mamede de Infesta, Leça da Palmeira, Gondomar,
Senhora da Hora, Matosinhos, Cerco, S. Roque, Rio Tinto, Maia e Águas
Santas. Os pais são aconselhados a não deixar os filhos sozinhos e a
levá-los e buscá-los à escola.
Mulher árabe agradece e deixa aviso
Uma
mulher árabe é a personagem principal deste boato que tem ganho força
nas redes sociais nos últimos dias. Ao cruzar-se na rua com um
transeunte, este, inadvertidamente, choca com ela, fazendo com que esta
deixe cair a carteira, que ele prontamente apanha. Num suposto sinal de
agradecimento, a mulher, alegadamente vestida com uma burka, retribuiu a
gentileza com o aviso a essa pessoa de não deve sair à rua no Porto na
noite da passagem de ano, devido a uma pretensa ameaça terrorista.
Criança perdida na rua é isco
Uma
criança deambula pela estrada, desorientada, com um papel na mão a
indicar uma morada. Pede a outra criança ou jovem que por ela passar
para levá-la àquela residência. Mas tudo não passa de "um novo método de
sequestro", levado a cabo por "máfias de Leste a operar em Portugal",
dizem as mensagens. Os pais são aconselhados a instruir os filhos para,
ao ser confrontados com uma situação daquelas, levarem a criança
"perdida" para uma esquadra e não para a morada indicada.
Mulheres enganadas com perfume
Acontece
em "shoppings de todo o distrito do Porto". Mulheres são abordadas nos
parques de estacionamento por dois homens que propõem a venda de um
perfume, apresentado como sendo barato e de boa qualidade. Fazem uma
demonstração do aroma, mas, afinal, não se trata de perfume e sim de
"éter", que faz as vítimas desmaiar em segundos. Os ladrões aproveitam
para roubar tudo o que as mulheres "levam de valor". O alerta é
acompanhado de um relato na primeira pessoa.
Casas marcadas com adesivos
Autocolantes
com símbolos são colados pelos gangues de assaltantes junto aos portões
e caixas de correio das residências que selecionam como alvos. É uma
forma de comunicação por código, com o objetivo de assinalar as
fragilidades de segurança de cada habitação. Os símbolos contidos nos
adesivos indicam, por exemplo, se a casa está vazia em determinado
período do dia, se lá moram idosos ou crianças e se é "mais fácil" de
assaltar durante a manhã, tarde ou noite.
Atacam nos semáforos com acordeão
A
abordagem é feita nos semáforos por um "indivíduo de Leste", que toca
acordeão. O caso narrado aconteceu na Av. do Marechal Gomes da Costa, no
Porto, "em pleno dia". O condutor prepara-se para entregar 50 cêntimos
ao pedinte e, ao abrir o vidro, o indivíduo aponta-lhe uma uma faca ao
pescoço e obriga-o a dar-lhe o telemóvel e a carteira. É uma "rede
organizada" que tem atacado da mesma forma em Lisboa e que "também se
dedica ao tráfico de crianças e roubo de bebés".
Manchas de tinta para roubar carros
É
"um novo método de roubo", também atribuído a "máfias de Leste", que
surgiu "nos últimos dias" em Portugal. Já fez vítimas " em alguns pontos
do país". Os ladrões selecionam carros estacionados em locais isolados e
mancham o puxador da porta com "pingos de tinta que parecem sangue e
escondem-se". Quando o condutor chega à viatura, apressa-se a limpar as
manchas e é imediatamente cercado. Os criminosos roubam-lhe os bens que
possui e, por vezes, até a viatura.
Roubos com metralhadora em concertos
Dez
"ucranianos" promovem um concerto de música sinfónica de apoio aos
emigrantes de Leste, no teatro, em Coimbra. Depois de se apagarem as
luzes para dar início ao espetáculo, um deles saca de uma
"metralhadora", enquanto os cúmplices roubam os bens dos espetadores. O
mesmo grupo já tinha cometido assaltos do género "noutras cidades de
província". O alerta menciona também roubos violentos a condutores
perpetrados em semáforos em Braga, Porto, Coimbra e Lisboa.
Ovos atirados contra os para-brisas
É
chamada a "atenção" aos condutores das zonas de Braga, Porto, Coimbra e
Lisboa. "Grupos romenos", durante a noite, atiram um ovo contra o
para-brisas dos carros, para que o condutor pare a marcha e seja
assaltado. Num "aviso" em que é usado o símbolo da PSP, são dados
conselhos aos automobilistas, como manter a calma, "jamais deitar água
no para-brisas", acelerar e fugir, porque "os ladrões estão por perto".
"Mas sobretudo não percas os nervos e usa o telemóvel, se for
necessário", alerta.
Esquema de emboscada a condutores
Esperam
que os condutores saiam dos carros e removem as matrículas. Escondem-se
e esperam que o dono regresse à viatura, seguindo-o. Já em andamento,
ultrapassam o carro do visado e mostram estar na posse da placa da
matrícula, dando a entender que tinha caído. O condutor para e é
assaltado com violência. "Parar é tudo aquilo que não se deve fazer
neste caso (...) Aí será tarde de mais e será uma sorte se não forem
violentamente espancados, raptados, feridos ou mortos", é referido.
* Fique com este alerta, o boato produz insegurança, em caso de dúvida ligue para a PSP ou GNR, em último recurso o 112.
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