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"PÚBLICO"
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Deputado do CDS ataca "concurso"
de candidatos à sucessão de Portas
A decisão de Paulo Portas de deixar
de interpelar o primeiro-ministro nos debates quinzenais, já a partir
de Janeiro, e ceder o lugar a seis outros deputados – entre os quais
estão fortes candidatos à sucessão do líder - causou estranheza interna e
mesmo alguma indignação. É o caso de Hélder Amaral, presidente da
distrital de Viseu e vice-presidente da bancada, que recusa que haja "um
concurso" de possíveis candidatos à liderança do CDS.
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O
deputado e presidente da comissão de Economia quer que Portas permaneça
na liderança do partido, mas se isso não acontecer, recusa que o partido
entre numa espécie de concurso de talentos dos possíveis candidatos à
sucessão.
“Quero reservar para a
distrital [de Viseu] a escolha do futuro líder e não sujeitar o partido a
uma prova de acesso à liderança. Quem quiser ser líder tem que explicar
ao que vem, ter um projecto para o país e para o partido”, disse ao
PÚBLICO.
É a reacção mais indignada contra a intenção de
Paulo Portas de colocar, em regime de rotatividade, seis deputados a
interpelar o primeiro-ministro a partir de Janeiro nos debates
quinzenais na Assembleia da República. São eles Assunção Cristas, Pedro
Mota Soares, João Almeida, Telmo Correia, Cecília Meireles e o próprio
líder parlamentar, Nuno Magalhães.
O
argumento usado é o de que, já em Janeiro, Paulo Portas termina o
mandato de dois anos como presidente da Comissão Política Nacional, mas
como lembram ao PÚBLICO alguns dirigentes, pode haver uma prorrogação do
mandato por decisão do Conselho Nacional, como já aconteceu em 2013 por
causa do adiamento do congresso.
Este
afastamento do líder do palco parlamentar foi sentido como um sinal de
que se preparava para abandonar a liderança do partido - uma decisão que
pode ser anunciada esta segunda-feira à noite, numa reunião da comissão
política nacional convocada para preparar o próximo congresso, que é
electivo. Por outro lado, a decisão de dar protagonismo parlamentar a
seis deputados, alguns dos quais já apontados pelo próprio líder como
fortes candidatos à sua sucessão, gerou a ideia entre os centristas de
que se está a abrir uma corrida com uma short list de candidatos.
Hélder
Amaral ressalva que “não aceitaria” uma situação dessas, até porque
elegeu um líder parlamentar que se mantém em funções. "Isto não pode ser
um concurso em que cada um vai mostrar um talento", reiterou.
* Esta rábula não é inédita mas é reveladora da cobardia de quem é inútil e perante um revés, abandona os outros marinheiros do submarino.
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