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"DESTAK"
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Fuga de cérebros custa
mais de seis mil milhões
Licenciados, mestres e doutores estão a deixar o País, numa fuga que nos sai cara, confirma investigação nacional.
Seis mil milhões de euros é quanto o País perde tendo em conta os 68% de emigração definitiva ou de muito longo prazo, confirma ao Destak Rui Machado Gomes, professor catedrático na Universidade de Coimbra e coordenador do projeto ‘Brain Drain and Academic Mobility from Portugal to Europe’ (BRADRAMO), que inquiriu 1.011 portugueses com formação superior que optaram por sair do País.
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«O investimento educativo que foi feito é perdido se as pessoas não regressarem», refere. Mas há outras perdas. «As competências que foram adquiridas, que não são usadas no País», perdendo-se também de outra forma, já que muitos dos que partem optam por realizar funções menos qualificadas. «E bastam um a dois anos de não exercício para haver perdas.»
Cérebros retratados
Os resultados do BRADRAMO revelam que a maioria dos inquiridos tem formação superior, sobretudo mestrados (43%) e doutoramentos (22,3%), são jovens (56,9% têm entre 30 e 39 anos), do sexo feminino (54,2%) e uma elevada percentagem não pensa regressar tão cedo (43% pensam ficar mais de dez anos). Estes e outros resultados estão compilados num livro, editado pela Bertrand, hoje apresentado em Lisboa.
* O mercado de cérebros foi onde o governo português conseguiu o maior volume de exportações e... perdeu seis mil milhões.
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