HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Eleitores dão 14 milhões de euros
por ano aos partidos
Por lei, cada voto numa força política que consegue eleger
representantes para a Assembleia da República ou que reúne mais de 50
mil votos significa um subsídio anual de 2,84 euros aos partidos. Assim,
os resultados das eleições Legislativas deste domingo significam que os
quase 5 milhões de votos vão dar perto de 14 milhões de euros, por ano,
aos partidos com representação parlamentar, mas também ao PCTP-MRPP e
ao PDR.
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Numa altura em que falta apenas conhecer alguns milhares de votos da
emigração, as contas feitas pela TSF mostram que os partidos da
coligação Portugal à Frente (PSD e CDS) deverão receber perto de 5,6
milhões de euros por ano. Segue-se o PS com quase 5 milhões, ou seja,
mais 500 mil do que recebeu nos últimos 4 anos.
Também na subvenção anual, o Bloco de Esquerda foi um dos vencedores
das eleições de domingo: o dobro de votos significa que terá um apoio do
Estado que ultrapassará os 1,5 milhões de euros por ano. Quanto à CDU,
mantém-se nos 1,2 milhões de euros.
Nos partidos mais pequenos, destaque para o Pessoas-Animais-Natureza
(PAN) que pela primeira vez elegeu um deputado e deverá receber,
anualmente, perto de 200 mil euros. Além disso, segundo a lei, por ter
um representante no parlamento, terá direito a uma subvenção que ronda
os 30 mil euros para gastos de assessoria parlamentar e outras despesas
de funcionamento.
Sem representantes no parlamento, mas por terem ultrapassado a
barreira dos 50 mil votos, o PDR de Marinho e Pinto e o PCTP-MRPP de
Garcia Pereira também terão direito a perto de 170 mil euros por ano,
sublinha a TSF.
A lei do financiamento dos partidos prevê que as forças políticas com
deputados eleitos ou mais de 50 mil votos têm direito a uma subvenção
anual equivalente a uma fração de 1/135 do salário mínimo nacional
registado em 2008. Ou seja, 3,16 euros, valor que, fruto da crise
orçamental, desde 2013 e até 2016 sofre um corte de 10% para 2,84 euros.
Além dos perto de 14 milhões por ano dependentes do número de votos,
os partidos terão ainda direito a dividir 6,8 milhões de euros de
subvenção pública relativa à campanha eleitoral destas legislativas. A
divisão dependerá sobretudo dos votos, mas também das contas que cada
força política tem ainda de entregar no Tribunal Constitucional.
Se os votos brancos e nulos apurados até ao momento tivessem sido
contabilizados como válidos, isso significaria mais 565 mil euros
distribuídos pelos partidos.
* Parece um negócio da feira da ladra, por isso nós vemos os líderes tão contentes.
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