ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
EUA pedem desculpa por ataque a hospital dos Médicos Sem Fronteiras
Nove membros dos Médicos Sem
Fronteiras morreram durante um ataque aéreo dos Estados Unidos da
América a um hospital em Kunduz, no Afeganistão. Sete pacientes, entre
eles três crianças, também morreram.
.
.
Segundo a organização, o
número de mortos ainda pode subir. 37 pessoas ficaram gravemente
feridas, sendo que 19 são dos Médicos Sem Fronteiras. Destes 19, cinco
estão em estado crítico.
O ataque teve como alvo a cidade de
Kunduz, no norte do Afeganistão, que foi tomada pelos talibã esta
segunda-feira, dia 28 de Setembro. Os EUA já falaram com o presidente
afegão, Ashraf Ghani, e pediram desculpa. Segundo o The Guardian,
o general John Campbell, que lidera as forças americanas no país, falou
com o presidente e deu-lhe mais alguns detalhes sobre o que tinha
acontecido.
Esta manhã o porta-voz das forças americanas
no Afeganistão, o coronel Brian Tribus, indicou que o ataque americano
tinha causado "danos colaterais". "As forças americanas conduziram um
ataque em Kunduz, às 2h15, hora local, no dia 3 de Outubro, contra
indivíduos que estavam a ameaçar as forças. O ataque pode ter causado
danos colaterais em instalações médicas que se encontravam perto. Este
incidente está a ser investigado", explicou.
Segundo o jornal The Guardian, o ataque deu-se depois de lutas intensas na área circundante. Na altura, estavam 105 pacientes e 80 elementos do staff
médico, tanto dos Médicos Sem Fronteiras como afegãos, nas instalações.
30 funcionários médicos ainda estão desaparecidos, o que indica que o
número de mortos pode subir.
"Estamos profundamente chocados com o ataque, com a morte dos nossos
funcionários e pacientes e com a marca pesada que foi infligida nos
cuidados médicos em Kunduz", afirmou Bart Janssens, o director de
operações dos Médicos Sem Fronteiras. "Ainda não temos os números
finais, mas a nossa equipa médica está a prestar os primeiros socorros e
a tratar os pacientes feridos e o staff dos MSF e a registar
os mortos. Pedimos a todos os lados do conflito para respeitarem a
segurança das instalações de saúde e dos seus funcionários", concluiu,
citado pelo The Guardian. A organização assegura ainda que tinha informado a NATO, os Estados Unidos e o Afeganistão das coordenadas GPS do hospital.
.
O
hospital em questão era o único a funcionar em Kunduz. Desde que a
violência voltou na segunda-feira, já tinham sido tratados 394 feridos
no hospital. Mesmo depois do ataque, os médicos ainda conseguiram fazer
cirurgias.
* Com amigos destes quem precisa de inimigos???
Sem comentários:
Enviar um comentário