HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Governo pode aprovar maioria das leis
. sem o Parlamento
. sem o Parlamento
O Governo não precisa do Parlamento para aprovar a maioria das leis,
embora os pilares essenciais como é o caso do Orçamento do Estado,
tenham de passar pelo crivo dos deputados da Assembleia da República
(AR).
No entanto, isso não significa que o novo Governo tenha a vida
facilitada no que respeita à aprovação das leis e das medidas que quer
implementar. Para os constitucionalistas ouvidos pelo Económico, isto
diz muito pouco: é que, por ser minoritário, o Governo pode não precisar
do Parlamento para aprovar medidas, mas precisa, sobretudo, de um
Parlamento que não desfaça o que o Governo faz.
O constitucionalista, Tiago Duarte, afirma que tudo vai depender "da
postura que a oposição tomar", porque "se estiver reunida contra o novo
Executivo será muito difícil de governar". "O que tem acontecido é que
tem havido oposições e não apenas uma oposição", pelo que, mesmo
minoritários, há exemplos de governos que conseguem passar orçamentos e
outras leis como foi o caso de António Guterres. "Mesmo com José
Sócrates, só com o PEC IV é que houve um chumbo", exemplifica. Portanto,
"a expectativa recai mais sobre a postura que o PS irá ter", afirma.
No
mesmo sentido, o constitucionalista André Folque lembra que "o
Parlamento pode legislar sobre todas as matérias". "O Governo pode
aprovar uma determinada legislação, mas vir o Parlamento e desfazer o
que foi feito, se a maioria da oposição assim o entender". Isto ocorreu,
por exemplo, com a questão da co-incineração na primeira legislatura de
Guterres, apontou o constitucionalista.
Resumindo: o Governo
pode não precisar do Parlamento para fazer leis, mas o Parlamento pode,
se assim o entender, legislar sobre todas as matérias e desfazer aquilo
que foi feito.
No entanto, há algumas matérias que são essenciais
e que dependem da Assembleia da República para serem aprovadas: as
bases do sistema de ensino, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento do
Estado, por exemplo, tal como está inscrito na Constituição da
República. No entanto, Tiago Duarte adverte que "a fronteira do que tem
de ir à Assembleia da República nem sempre é evidente". O corte nos
salários pode não precisar de ir à AR, mas pode ir parar ao Orçamento
por via da rubrica das despesas, por exemplo.
* Nós nem sabemos se isto é notícia mas damos o benefício da dúvida. No governo há dois partidos de direita, a direita não é democrática porque está vinculada ao patronato que não é bom de fiar.
Na oposição há dois partidos de esquerda, PCP e BE e um de centro camaleónico que é o PS. PS e partidos de esquerda são inconciliáveis para formar governo.
Resta-nos uma remota esperança, apesar dos compromissos assumidos com a estranja, que o PS tenha comportamentos mais sérios do que até hoje, a única maneira de os mais desfavorecidos serem um pouco menos pobres.
Na oposição há dois partidos de esquerda, PCP e BE e um de centro camaleónico que é o PS. PS e partidos de esquerda são inconciliáveis para formar governo.
Resta-nos uma remota esperança, apesar dos compromissos assumidos com a estranja, que o PS tenha comportamentos mais sérios do que até hoje, a única maneira de os mais desfavorecidos serem um pouco menos pobres.
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