28/09/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Advogado de Sócrates acusa 
procurador Rosário Teixeira de 
"recorrer a manobras dilatórias"

A defesa de José Sócrates entregou, esta tarde, um requerimento ao juiz Carlos Alexandre, pedindo o acesso total ao processo "Operação Marquês". 

O requerimento, foi entregue em mão por João Araújo, no Tribunal Central de Instrução Criminal, e terá como fundamento o último acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, que decretou o fim do segredo de justiça para os intervenientes no processo.
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Segundo o acórdão, da autoria dos juízes desembargadores Rui Rangel e Francisco Caramelo, no processo de Sócrates (suspeito de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamentos de capitais) existiu uma "autoestrada do segredo, sem regras", a qual "passou sem qualquer censura pelo juiz de instrução, desprotegendo de forma grave os interesses e garantias da defesa do arguido, que volvido tanto tempo de investigação, continua a não ser confrontado, como devia, com os factos e as provas que existem contra si".

O advogado de defesa de José Sócrates acusou o procurador Rosário Teixeira de "recorrer a manobras dilatórias típicas de má-fé processual" para impedir o acesso da defesa do ex-primeiro-ministro aos autos de investigação.

João Araújo disse ao DN pretender que o juiz Carlos Alexandre que faça cumprir um acórdão da Relação de Lisboa, de quinta-feira passada, no qual a instância superior decidiu fazer cair o segredo de justiça interno aos autos de investigação da "Operação Marquês", permitindo à defesa de José Sócrates ter acesso aos autos.

No último sábado os advogados de José Sócrates disseram que o procurador Rosário Teixeira pediu a aclaração da decisão dos juízes desembargadores Rui Rangel (relator) e Francisco Caramelo, que, na última quinta-feira, decidiram que não se justifica a continuação do segredo de justiça na "Operação Marquês".

* O cidadão português básico, sem conhecimentos de jurisprudência, sem amigalhaços, está cheio de cagaço dos agentes da justiça, em vez de os considerar um grupo protector.


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