HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugal dos países europeus
com menos cuidados para idosos
Portugal é dos países da Europa onde as pessoas idosas são mais
abandonadas, com menos profissionais a elas dedicados e menos dinheiro
alocado, diz um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
hoje publicado.
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A propósito do dia mundial do idoso, que se assinala na quinta-feira,
a OIT publicou o estudo "Long-term care protection for older persons: A
review of coverage deficits in 46 countries" (Proteção continuada a
idosos: uma revisão de défice de cobertura em 46 países).
O trabalho indica que no mundo são necessários 13,6 milhões de
trabalhadores para haver uma cobertura universal em termos de cuidados
continuados a pessoas com 65 e mais anos.
Na Europa, Portugal tem das mais baixas taxas segundo os quadros
apresentados no estudo e que englobam muitos dos países (nem todos estão
contemplados em todos os quadros do estudo): 0.4 trabalhadores formais
por cada 100 idosos. A França tem 1.1, a Espanha 2.9, a Holanda 7.3 e a
Noruega 17.1.
Estes números levam a que, salienta o estudo, mesmo países
desenvolvidos da Europa, como a Irlanda, a França, a Eslováquia e
Portugal, entre 56.6 e 90.4 por cento das pessoas com mais de 65 anos
não tem acesso a serviços continuados de qualidade por falta de
trabalhadores nessa área. Os 90.4, o número mais alto, referem-se a
Portugal.
Os números indicam que a seguir a Portugal surgem a França e a
Eslováquia, onde 73.5 por cento dos idosos não tem apoios de qualidade,
seguindo-se a Irlanda (56.6), a República Checa (49.4) e a Alemanha
(22.9). Na Estónia, no Luxemburgo, na Noruega, na Suécia e na Suíça a
taxa de cobertura é de 100 por cento.
A falta de proteção vê-se também pela percentagem do PIB (Produto
Interno Bruto) para os cuidados com os idosos. Portugal, que tem das
mais altas percentagens de idosos do mundo, dedica 0.1 do PIB, o valor
mais baixo dos países europeus representados, seguindo-se a Estónia com
0.2, a República Checa com 0.3, e a Espanha com 0.5. Do outro lado estão
a Holanda e a Dinamarca, que dedicam 2.3 e 2.2 do PIB à proteção dos
idosos.
Socorrendo-se de vários indicadores o estudo dá ainda outra visão do
apoio a pessoas com mais de 65 anos: em 2013 cada norueguês contribuía
com cerca de 8.000 dólares para os custos dos cuidados continuados de
qualidade. Cada português contribuía com 136.
Portugal fica assim no grupo dos países que despendem entre 0 e 200 dólares, como a Eslováquia e a Turquia também, na Europa
"Encontramos em todas as regiões países onde entre 75 e 100 por cento
da população está excluída do acesso devido a falta de recursos
financeiros", diz o estudo, colocando Portugal, a par do Gana, do Chile,
da Austrália ou da Eslováquia, nesse grupo.
O estudo hoje divulgado (que abarca 80 por cento da população com
mais de 65 anos) salienta que mais de metade dos idosos do mundo não tem
acesso a cuidados continuados de qualidade. Em África, salienta, mais
de 90 por cento dos idosos não tem apoios.
A OIT salienta que há uma falta absoluta de cobertura de cuidados de
longa duração na maioria dos sistemas de segurança social, e que só 5,6
por cento da população mundial vive em países que oferecem uma cobertura
universal de cuidados de longa duração.
E ainda que quase metade da idosos do mundo não está protegida por
lei em matéria de apoios continuados, e que os países mais generosos são
os da Europa, ainda que no máximo dediquem 02 por cento do PIB aos
cuidados de longa duração de qualidade a idosos.
* Os idosos só não são lixo quando lhes pedem para votar, foi como lixo que a coligação no poder os tem tratado. Vote PàF e leve com uma PàFada nas beiças.
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