28/09/2015

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Angola gasta mais de cinco milhões 
por dia para importar combustíveis

Angola gasta mais de cinco milhões de euros por dia na importação de combustíveis, devido à reduzida capacidade de refinação do país, que é o segundo maior produtor de crude da África subsaariana.

Em causa estão dados compilados pela Lusa com base no mais recente relatório mensal sobre o setor do Petróleo e Gás do país e que indicam que Angola importou em julho mais de 189 milhões de dólares (169 milhões de euros) em derivados do petróleo.
Em todo o mês foram importados por Angola cerca de 278,91 mil toneladas de produtos refinados, sobretudo gasóleo (75%) e gasolina (21,6%). Em contrapartida, a refinaria de Luanda produziu neste período apenas 214,98 mil toneladas de derivados de petróleo, essencialmente gasóleo.
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A BIJUTERIA DA SABUJICE

"Devido a problemas técnico-operacionais não houve produção de gasolina", aponta o relatório.
Construída em 1955, esta refinaria opera a cerca de 70% da sua capacidade e apresenta custos de produção superior aos dos combustíveis importados, indica um relatório de 2014 sobre o setor, produzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Angola tem em curso projetos para a construção de duas novas refinarias, no Lobito e no Soyo, com previsão de funcionamento para 2017.

O consumo de derivados do petróleo quadruplicou em Angola desde 2005, ascendendo a 119 mil barris por dia em 2013, segundo o mesmo relatório. O gasóleo responde pelo grosso do consumo (63%), utilizado também para a produção de eletricidade, seguido da gasolina (15%) e do GPL (11%).

Ainda segundo o FMI, apesar de Angola ser o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, tendo atingido este ano a marca dos 1,8 milhões de barris por dia, a maioria dos produtos refinados são importados (82%) e o restante é processado no país pela refinaria nacional.

Devido à necessidade de importação e para manter os preços ao consumidor artificialmente baixos, o Estado angolano subsidia a aquisição dos combustíveis no exterior, operação que representou 3,7 % do Produto Interno Bruto (PIB) angolano em 2014.

Esses apoios começaram a ser eliminados progressivamente nos últimos meses, com o consequente aumento de preços nos postos de abastecimento.

* A história de como a ganãncia gera incompetência.

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