HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Queda do ouro poderá levar
a encerramento de minas
O ouro sofreu nova queda durante a noite, negociando agora abaixo dos
1,006 euros (1,100 dólares) por onça. O metal activou novamente ordens
de ‘stop loss' para interromper as perdas durante a sessão asiática, à
semelhança do que aconteceu em dias anteriores.
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A manutenção do preço do ouro nestes níveis é preocupante para a
indústria extractiva e CEO da Gold Corp (uma das maiores produtoras de
ouro do mundo) já admitiu que se o ouro continuar abaixo dos 1,006
euros (1,100 dólares) poderá ter de haver encerramento de minas.
A onça de ouro está a desvalorizar 0,91% para 1,002 euros,
mantendo-se em mínimos de cinco anos e registando o 10º dia de quedas
consecutivas, o que equivale à maior série de perdas em quase 20 anos
(19 anos). Esta queda está a ser encarada como sinal de melhoria do
crescimento económico dos EUA e segue-se ao anúncio feito pela China, na
passada sexta-feira, de que tem muito menos reservas de ouro (1.658
toneladas) do que previam os analistas. O resultado está a ser o recuo
do apelo desta matéria-prima como refúgio dos investidores.
"Estou chocado com este número tão baixo", admitia, reagindo ao
anúncio chinês, Ross Norman, CEO da Sharps Pixley, citado pela
Bloomberg, referindo-se às reservas da China, o maior produtor mundial
de ouro e maior consumidor a par da Índia. "Penso que não estou sozinho
ao dizer que pensava que a China tinha acumulado três vezes mais" ouro,
acrescentou.
Os números das reservas "foram, em certa medida, decepcionantes e
reflectem a ideia que a China não tem tanto ouro quanto as pessoas
pensavam", defendeu também Bernard Dahdah, analista da Natixis em
Londres.
* É a ganância que comanda o mundo, o ouro escraviza.
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