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Tribunal de Contas está a realizar
auditoria à privatização da TAP
O Tribunal de Contas está a realizar uma "auditoria concomitante [simultânea]" ao processo de privatização da TAP, cujo contrato de compra e venda foi assinado, esta quarta-feira, pelo Governo e pelos empresários do consórcio Gateway.
"A realização de ações de auditoria
concomitante ou sucessiva é decidida pelo Tribunal, informando-se que
estão em curso ações de acompanhamento dos processos de privatizações",
incluindo o da TAP, esclareceu o Tribunal de Contas em resposta a
questões enviadas pela agência Lusa sobre qual o papel do Tribunal e do
Conselho de Prevenção da Corrupção no processo de venda da empresa.
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O Governo e o consórcio Gateway,
composto pelos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa, assinaram
esta quarta-feira o contrato de compra e venda de 61% do capital da TAP.
Nas
respostas enviadas à Lusa, fonte oficial da instituição liderada por
Guilherme d'Oliveira Martins esclarece que "o Tribunal de Contas não tem
competência consultiva, tem poderes de fiscalização prévia,
concomitante e sucessiva, para além da função de julgamento das
responsabilidades financeiras."
Já em relação à assinatura do
contrato, o Tribunal lembra que "os contratos estão ou não sujeitos a
visto em função dos critérios fixados na Lei, designadamente em função
do seu valor e da sua natureza geradora ou não de despesa pública", ou
seja, "cabe ao Tribunal de Contas de acordo com a sua Lei de Organização
e Processo fiscalizar previamente a legalidade e o cabimento orçamental
dos atos e contratos de qualquer natureza que sejam geradores de
despesa ou representativos de quaisquer encargos e responsabilidades,
diretos ou indiretos".
Na segunda-feira, haverá uma reunião formal
entre o presidente Conselho de Prevenção da Corrupção, Guilherme
d'Oliveira Martins, que acompanha os processos de privatizações,
designadamente o da TAP, e o presidente da comissão especial para o
acompanhamento do processo de reprivatização de parte do capital da
empresa, Cantiga Esteves.
"O Conselho de Prevenção da Corrupção no
exercício das suas competências acompanha os processos de
privatizações, designadamente o da TAP", esclareceu Tribunal de Contas
na mesma resposta, lembrando que "o presidente da Comissão Especial para
o acompanhamento do processo de reprivatização de parte do capital
social da TAP reuniu ontem [terça-feira] com o presidente do Conselho de
Prevenção da Corrupção e haverá ainda uma reunião formal com o CPC na
próxima segunda-feira, dia 29 de junho".
O contrato de venda da TAP com o agrupamento vencedor foi assinado esta quarta-feira no Ministério da Finanças, em Lisboa.
A
11 de junho, o Governo aprovou a venda de 61% do capital social da TAP
ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano David Neeleman e do
empresário português Humberto Pedrosa - um dos dois finalistas do
processo de privatização da transportadora aérea portuguesa, sendo o
candidato preterido Germán Efromovich.
* A safa da TAP continuar a ser portuguesa é o TC encontrar irregularidades nos procedimentos de transacção.
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