HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Pavilhão Carlos Lopes
não pode ser subconcessionado
O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa
assegurou esta quarta-feira que o Pavilhão Carlos Lopes, abandonado há
vários anos, não pode ser subconcessionado, mesmo com a cedência à
Associação de Turismo de Lisboa (ATL) por 50 anos.
A
Câmara de Lisboa, de maioria socialista, aprovou hoje (com os votos
contra do PSD, CDS-PP e PCP) a constituição, por 3,5 milhões de euros,
de um direito de superfície sobre o Pavilhão Carlos Lopes, abandonado há
vários anos, a favor da ATL, que o requalificará. O assunto ainda terá
de ser apreciado pela Assembleia Municipal.
"Não
está prevista a subconcessão do espaço a privados. Não há qualquer
hipótese de [o espaço] ser subconcessionado. A única coisa que está em
cima da mesa é a cedência de direito de superfície da Câmara Municipal à
ATL", frisou o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, em declarações
aos jornalistas.
O pavilhão, criado na década
de 1920 para celebrar o 100.º aniversário da independência do Brasil,
foi encerrado por falta de condições de segurança em 2003.
Desde
aí, foram pensadas várias alternativas para o espaço de propriedade
municipal, situado no Parque Eduardo VII, como a criação de um Museu
Nacional do Desporto ou o novo Centro de Congressos de Lisboa, mas
nenhuma avançou, pelo que a Câmara quer agora encarregar a ATL de o
reabilitar.
A garantia dada por Salgado vem
na sequência de críticas do PCP: "Aquilo de que estamos a falar é de uma
privatização deste espaço, [...] que deixa de ser gerido pela Câmara
Municipal", disse o comunista Carlos Moura, qualificando o equipamento
como "um edifício que tem uma história e uma ligação profunda com a
cidade".
Segundo o autarca, "aquilo que vai
acontecer doravante é que este espaço terá de ser pago para estas
utilizações e isto torna-o inacessível à maior parte das associações,
coletividades, dos clubes desportivos da cidade de Lisboa".
Também António Prôa, do PSD, referiu que se vai concessionar o pavilhão "a uma entidade privada", a ATL.
"Se
a Câmara quer dinamizar aquele imóvel [...] pode fazê-lo de duas
formas: ou, com recursos próprios, investir naquele equipamento" ou
fazer uma consulta ao mercado para ver "que entidades estariam
disponíveis que dariam condições mais vantajosas para o município",
disse.
O social-democrata acrescentou que
"Lisboa tem uma carência de oferta de equipamentos desportivos", e que,
com esta cedência "perde a possibilidade de [ali] realizar eventos
desportivos" de grande dimensão.
Já o
centrista João Gonçalves Pereira falou na necessidade de manter o nome
do espaço -- Pavilhão Carlos Lopes -- e de consignar um "pequeno espaço"
para acolher o espólio do ex-atleta Carlos Lopes.
"O
lugar onde está o espólio do Carlos Lopes devia envergonhar todos os
portugueses, que é em casa dele, na garagem", precisou, adiantando que
vai apresentar uma proposta com o vereador social-democrata Fernando
Seara para a criação de um pequeno museu.
Manuel
Salgado explicou que a cedência por 50 anos à ATL "é um pouco aquilo
que se passa no Pátio da Galé", cedido pelo município à mesma
associação, que "fez as obras de reabilitação e que o utiliza para fins
de interesse geral".
Salgado indicou ainda
que o pavilhão vai servir para eventos de cultura, artísticos e
desportivos e que as obras de reabilitação, que custarão 8,5 milhões de
euros, deverão demorar entre dois e três anos.
* O pavilhão Carlos Lopes está um nojo e não há nomes de resposáveis pela degradação das instalações, foi apodrecendo e presidentes da Câmara mais os vereadores do pelouro assobiaram para o lado e disfarçaram, não há vergonha.
* O pavilhão Carlos Lopes está um nojo e não há nomes de resposáveis pela degradação das instalações, foi apodrecendo e presidentes da Câmara mais os vereadores do pelouro assobiaram para o lado e disfarçaram, não há vergonha.
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