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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Portuguesa desenvolve deteção
precoce do cancro do pâncreas
Sónia Melo, do Ipatimup, no Porto, é a principal autora do estudo publicado hoje na revista Nature.
Uma
proteína minúscula, detetável numa análise ao sangue, é a resposta que
faltava para a identificação precoce do cancro do pâncreas, atualmente
um dos mais letais, justamente, porque o seu diagnóstico é tardio na
maioria dos casos, impedindo o tratamento eficaz. A descoberta tem
assinatura portuguesa e a sua utilização médica pode surgir já no prazo
de cinco anos.
.
A proteína em causa chama-se GPC1 (de glypican-1) e a sua identificação como biomarcador deste tipo de cancro, antes mesmo de a lesão ser detetável por ressonância magnética, foi feita pela investigadora Sónia Melo, do Ipatimup, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, em colaboração com cientistas internacionais. A descoberta foi publicada ontem na revista Nature.
"Iniciámos este estudo no final de 2013 e avaliámos dois grupos de pacientes alemães, num total de 246", explica Sónia Melo, sublinhando que "o biomarcador funci0nou em 100% dos casos, sem falsos positivos ou negativos para o cancro pancreático".
Autora principal do estudo, Sónia Melo, já registou a patente do novo biomarcardor, juntamente com Raghu Kalluri, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e "já há negociações em curso para desenvolver um teste de diagnóstico de rotina para aplicação médica", como adianta Sónia Melo. "Para um novo medicamento, o tempo que medeia a descoberta de um composto até à sua aplicação médica é sensivelmente de dez anos, porque há testes de toxicidade a suplantar, mas neste caso, para um teste de diagnóstico, cinco anos é um prazo mais expectável", sublinha a investigadora portuguesa.
Além da possibilidade do diagnóstico precoce do cancro do pâncreas, o biomarcador será também muito importante para a monitorização dos pacientes, já que poderá permitir, sem testes invasivos nem exames de imagiologia dispendiosos, acompanhar a eficácia das opções terapêuticas, nomeadamente da quimioterapia. "Os valores da proteína GPC1 no sangue poderão dar indicações preciosas sobre um determinado tratamento está a surtir o efeito desejado ou não".
Sónia Melo foi uma das três jovens cientistas portugueses galardoadas em janeiro deste ano com a Medalha L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, justamente por resultados que são parte deste trabalho, com os quais mostrava que este tipo de abordagem para despistagem de cancro pode ser utilizada independentemente da proveniência geográfica do paciente.
* Como o país e o mundo precisam de inteligências lusitanas, devemos todos sentir muito orgulho nestas pessoas.
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A proteína em causa chama-se GPC1 (de glypican-1) e a sua identificação como biomarcador deste tipo de cancro, antes mesmo de a lesão ser detetável por ressonância magnética, foi feita pela investigadora Sónia Melo, do Ipatimup, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, em colaboração com cientistas internacionais. A descoberta foi publicada ontem na revista Nature.
"Iniciámos este estudo no final de 2013 e avaliámos dois grupos de pacientes alemães, num total de 246", explica Sónia Melo, sublinhando que "o biomarcador funci0nou em 100% dos casos, sem falsos positivos ou negativos para o cancro pancreático".
Autora principal do estudo, Sónia Melo, já registou a patente do novo biomarcardor, juntamente com Raghu Kalluri, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e "já há negociações em curso para desenvolver um teste de diagnóstico de rotina para aplicação médica", como adianta Sónia Melo. "Para um novo medicamento, o tempo que medeia a descoberta de um composto até à sua aplicação médica é sensivelmente de dez anos, porque há testes de toxicidade a suplantar, mas neste caso, para um teste de diagnóstico, cinco anos é um prazo mais expectável", sublinha a investigadora portuguesa.
Além da possibilidade do diagnóstico precoce do cancro do pâncreas, o biomarcador será também muito importante para a monitorização dos pacientes, já que poderá permitir, sem testes invasivos nem exames de imagiologia dispendiosos, acompanhar a eficácia das opções terapêuticas, nomeadamente da quimioterapia. "Os valores da proteína GPC1 no sangue poderão dar indicações preciosas sobre um determinado tratamento está a surtir o efeito desejado ou não".
Sónia Melo foi uma das três jovens cientistas portugueses galardoadas em janeiro deste ano com a Medalha L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, justamente por resultados que são parte deste trabalho, com os quais mostrava que este tipo de abordagem para despistagem de cancro pode ser utilizada independentemente da proveniência geográfica do paciente.
* Como o país e o mundo precisam de inteligências lusitanas, devemos todos sentir muito orgulho nestas pessoas.
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