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/DINHEIRO VIVO"
Incumprimento das famílias e
das empresas em níveis históricos
O crédito malparado das famílias continua a aumentar em Portugal.
Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, 4,44% do total dos
empréstimos concedidos a particulares em abril eram creditos dados como
vencidos. Qualquer coisa como 5,4 mil milhões de euros. A parcela maior é
a do crédito à habitação, com 2,5 mil milhões de euros de malparado.
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Estes
são os valores mais elevados de sempre do malparado desde que o Banco
de Portugal publica estes dados, ou seja, desde 1997. Em março, o total
do malparado nos particulares era de 4,41% dos empréstimos.
Os 2,5
mil milhões indicados pela banca como valores vencidos no crédito à
habitação representam 2,52% do total do financiamento concedido às
famílias para este fim. Há quatro meses consecutivos que a percentagem
do malparado neste segmento aumenta, consecutivamente, o que constitui
fator de preocupação para entidades como a associação de defesa do
consumidor, já que é sabido que o crédito à habitação é o última
prestação que as famílias em difículdades deixam de cumprir.
"O
maior incumprimento no crédito à habitação causa-nos grande preocupação
porque é a prova que a situação financeira das famílias não só não está
melhor como, infelizmente, está cada vez mais precária e mais
dramática", afirmou ao Dinheiro Vivo Natália Nunes, responsável do
Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS)
Para Natália Nunes,
estes dados que, assume, "não são surpreendentes, infelizmente", na
medida em que "continuamos, todos os dias, a ser contactados por
famílias em números muito semelhantes aos de 2014", provam que todas as
medidas tomadas para prevenir situações de incumprimento, designadamente
ao nível do crédito habitação, como o decreto-lei 227/2012 "não tiveram
os efeitos esperados".
Só até ao dia 8 de junho, o Gabinete de
Apoio ao Sobre-endividado foi contactado por mais de 14 mil famílias e
foram aberto 1100 processos, mais de metade do total aberto no total do
ano de 2014.
Se é verdade que o maior montante no malparado se
prende com o crédito à habitação, não é menos certo que a maior
percentagem se prende com os créditos ao consumo e outros fins. Segundo o
Banco de Portugal, 10,89% do total dos empréstimos ao consumo estavam
vencidos em abril, contra os 10,91% de março. No financiamento para
outros fins, o malparado era de 16,22%, a percentagem mais elevada de
sempre.
O malparado nas empresas está, também a crescer.
Totalizava, em abril, 13,38 mil milhões de euros e correspondia a 15,69%
do total do crédito às empresas, percentagem nunca antes atingida.
* Este governo e a maioria parlamentar que o apoia causam náuseas por tanta mentira exibirem, não gostávamos nada de Socrates, de Passos e Portas é "abaixo de nada".
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