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"CORREIO DA MANHÃ"
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Mais de mil meninas em Portugal
sujeitas à mutilação
As taxas de risco na Irlanda e na Suécia são menores do que a portuguesa.
Mais de mil das quase seis mil meninas residentes em Portugal que integram comunidades que praticam a mutilação genital feminina (MGF) podem estar em risco de serem sujeitas à prática, conclui um estudo europeu.
Juntamente com Irlanda e Suécia, Portugal é um dos países-piloto do estudo "Estimativa das meninas em risco de mutilação genital feminina na União Europeia", realizado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) e que hoje é apresentado em Lisboa.
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Segundo a pesquisa, a taxa de risco das meninas até 18 anos residentes em Portugal (tendo ou não nascido no país) e pertencentes a comunidades que mantêm uma prática com efeitos físicos e psicológicos permanentes é de 5 a 23% -- correspondentes a 292 e 1342 meninas. As taxas de risco na Irlanda e na Suécia são menores do que a portuguesa, 1 a 11 e 3 a 19%, respetivamente, embora, no segundo país, o número de meninas potencialmente sujeitas seja bastante mais elevado.
No estudo, o EIGE desenvolve uma metodologia que alia dados quantitativos e qualitativos. "Estimar o número de meninas em risco de MGF pode ser muito útil para os decisores políticos, não só para planearem e adotarem políticas de asilo e migrações, mas também medidas e atividades de integração social", assinala, em comunicado, Virginija Langbakk, diretora daquela agência da Comissão Europeia.
No mesmo comunicado, a secretária de Estado para os Assuntos Parlamentares e a Igualdade, Teresa Morais, que acolherá a sessão de apresentação do estudo, que esta terça-feira decorre, durante todo o dia, na Fundação Champalimaud, assinala "os esforços que Portugal tem feito para determinar o número de meninas em risco".
* É por este sórdido e até outros mais "pacíficos" procedimentos que as religiões não prestam. O problema não está em Deus, mas nos deploráveis "clubes de fans".
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