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DA MADEIRA"
Portugal cai 4 posições nas políticas
para as pessoas LGBT
Portugal caiu quatro posições, para
10.º, no ranking da ILGA Europa sobre políticas de igualdade em relação
às pessoas LGBT (Lésbicas, Gay, Bissexuais e Transgénero), muito por
causa do impasse na adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
Depois de, no ano passado, Portugal ter conquistado um 6.º lugar,
aparecendo com um dos países europeus com melhores políticas, cai este
ano para a 10.ª posição, com uma classificação total de 66,95%.
.
Para esta posição contribuiu o facto de o país ter cumprido 29 dos 49
requisitos que o organismo define e que divide em seis categorias:
Igualdade e não-discriminação, Família, Discurso/Crimes de ódio,
Reconhecimento legal de género, Liberdade de manifestação, associação ou
expressão e Asilo.
Este ranking, mais conhecido como o Mapa Arco-íris da Europa, é
elaborado anualmente pela ILGA (Associação Internacional de Lésbicas,
Gay, Bissexuais, Transgénero e Intersexo) Europa e analisa os 49 países
europeus na perspetiva das políticas e da legislação que têm em vigor
com impacto direto nos direitos das pessoas LGBT.
O mapa foi divulgado hoje, mas reflete o período entre janeiro e
dezembro de 2014, com a situação de cada país a ser estratificada
através de uma pontuação que oscila entre os 0% (clara violação dos
direitos humanos, discriminação) e 100% (total respeito pelos direitos
humanos, total igualdade).
No topo desta lista permanece o Reino Unido, com 85,55%, graças à
igualdade no casamento em Inglaterra, País de Gales e Escócia, enquanto
em último lugar está o Azerbaijão, com 5%, país onde as pessoas LGBT
"são quase invisíveis, dentro de uma sociedade altamente repressiva".
.
Relativamente a Portugal, a ILGA Europa refere que apesar das várias
promessas feitas em anos anteriores, o Parlamento português abandonou os
planos para aprovar a coadoção em casais do mesmo sexo, apesar de
referir que os partidos de esquerda pretendem reabilitar o assunto em
2015.
Por outro lado, diz a associação, houve Organizações
não-governamentais a relatarem "inúmeros casos de discurso de ódio e de
violência".
Portugal tem igualmente vários pontos positivos, nomeadamente ao
nível das políticas laborais, com a ILGA Europa a destacar que foi o
21.º país que passou a incluir, no âmbito do Código do Trabalho, a
identidade de género na lista de elementos que as entidades empregadoras
não podem usar como argumento para o despedimento.
Em matéria de asilo, Portugal registou o caso de duas pessoas vindas
da Rússia a quem foi atribuído o estatuto de refugiado com base no medo
de perseguição pela sua orientação sexual.
Por outro lado, destaca o facto de a ILGA Portugal e a Comissão para a
Cidadania e Igualdade de Género (CIG) terem começado a dar formação
sobre matérias relativas às pessoas LGBT a agentes da autoridade, bem
como a funcionários das áreas da saúde, segurança social e judicial.
Apesar dos pontos positivos, a ILGA Europa lembra que o Observatório
da Discriminação, da ILGA Portugal, que faz um retrato dos casos de
discriminação homofóbica e transfóbica, revelou 258 casos no ano
passado, com apenas 4% dos casos a serem denunciados às autoridades.
No geral, a ILGA Europa aponta que, se 2013 foi um ano de grandes
contrastes, 2014 revelou ser o ano em que esses contrastes se
cimentaram, estando numa ponta os países que "demonstraram grande
liderança" e, na outra, os países onde os direitos destas pessoas têm
diminuído cada vez mais ou estagnaram simplesmente.
Segundo a ILGA Europa, as pessoas transgénero continuam a ser altamente discriminadas, principalmente em matéria de trabalho e de acesso à saúde.
* Esta descida, embora nos deixe tristes, é merecida. Se olharmos para os meses ds 2015, vamos no quinto, constatamos que a violência exercida até à morte sobre mulheres e crianças já tem números que nos envergonham, em consonância com a vergonha que os deputados da maioria nos provocaram quando regeitaram a aprovação da coadopção.
Contem o número de crianças adoptadas por homossexuais que tiveram de ir para o hospital vítimas de maus tratos, contem o número de crianças "adoptadas" por casais heterossexuais e devolvidas às instituições.
A orientação sexual é um direito privado, sociedade que não a aceite em absoluto é hipócrita, é o que nós portugueses somos, hipócritas.
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