11/05/2015

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HOJE NO
 "JORNAL DE NOTÍCIAS"

Ativistas pedem libertação de pai de menino encontrado dentro de uma mala

Rede Espanhola de Imigração lança campanha para que pai de Abou, o menino de oito anos descoberto dentro de uma mala na fronteira de Ceuta, não seja acusado do crime de tráfico de seres humanos. 
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A Rede Espanhola de Imigração, que integra fundações, Organizações Não Governamentais e juristas, lançou uma campanha e pediu a mediação do Ministério Público espanhol para que o pai de Abou, natural da Costa do Marfim e a residir na ilha de Gran Canária desde 2013, seja libertado. Os ativistas pedem que o progenitor não seja acusado do crime de tráfico de seres humanos.


Citado pelo "El Mundo", o coordenador desta campanha, o advogado Estanislao Naranjo Infante, diz ser "difícil entender que se aplique com semelhante dureza uma lei pensada para travar o tráfico de seres humanos a um pai que, levado pelo estado de necessidade, tratou apenas de, e segundo os indícios, unir a sua família após ver negado o pedido de reagrupamento familiar devido à aplicação de um princípio injusto de índole económica".

Para aquele advogado, "o tráfico de seres humanos é uma situação execrável e deve ser perseguida, contudo não se pode penalizar tudo de forma genérica". Por outro lado, diz não compreender por que razão aquele pai foi colocado em prisão preventiva, "quando tem autorização de residência em Espanha, domicílio conhecido, trabalho fixo, mulher e filha no país".

Recorde-se que Abou foi descoberto pela Guarda Civil de Ceuta na semana passada dentro de uma mala. O pai teria pago a uma jovem marroquina de 19 anos para tentar atravessar a fronteira com Abou. Ambos foram detidos e Abou entregue às autoridades.

O objetivo do progenitor era reunir a família, depois de ver indeferido, pelas autoridades espanholas, o pedido de reagrupamento familiar. Sobre esta matéria, a Rede Espanhola de Imigração pede que se abra, o quanto antes, um amplo debate sobre o assunto.

* Os emigrantes do Mediterrâneo são pessoas absolutamente desesperadas, não têm nada a não ser o ar que respiram, fazem tudo para fugir da certeza da morte precoce e muitos precocemente morrem.
Não são criminosos mesmo que roubem um pão ou fruta ou até um bife, todos nós que temos pão, fruta e até um bife, faríamos o mesmo, não tenho dúvidas. Libertar o pai de Abou é um acto de humanidade, ele só queria o filho junto de si.


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