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HOJE NO
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Mais de 2 mil vítimas apoiadas pelo gabinete da APAV de Lisboa em 2014
Já dentro do apoio especializado destacou-se o apoio jurídico com 2.044 casos, seguindo-se o apoio psicológico com 225 casos.
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Gabinete de Apoio à Vítima (GAV) de Lisboa apoiou, no ano passado,
2.008 vítimas directas que foram alvo de 4.601 crimes, a maioria de
violência doméstica, segundo dados divulgados pela APAV.
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Das 2.008 vítimas que reportaram crimes ao GAV de Lisboa em 2014,
84,8% eram mulheres com idades entre os 25 e os 54 anos (36,2%),
adiantam os dados publicados no ‘site’ da Associação Portuguesa de Apoio
à Vítima.
No total, o GAV de Lisboa registou, em 2014, 4.129 processos de apoio
com atendimentos, a maioria (79,7) relativa a crimes de violência
doméstica, seguindo-se os crimes contra pessoas (14,2%), os crimes
rodoviários (2,6%) e os crimes contra o património (2,4%).
A APAV ressalva que os dados relativos à violência doméstica incluem,
além dos crimes assinalados no código de processo penal (maus-tratos
físicos e psíquicos), outros delitos em contacto doméstico, como
violação de domicílio ou perturbação da vida privada, devassa da vida
privada, violação de correspondência ou de telecomunicações, violência
sexual, furto; etc.
Em 48,6% dos processos apoiados (2.008) foi constatada a ocorrência de crime.
Segundo a APAV, 32% das vítimas que beneficiaram dos serviços da
associação eram casadas, 19,2% solteiras, 36,7% viviam numa família
nuclear com filhos e 28% tinham uma relação de conjugalidade com o
agressor.
Os dados referem também que 35,2% das vítimas estavam empregados, 15,9% desempregadas e 24,9% tinham o ensino superior.
As grandes zonas urbanas concentram o maior número de vítimas que
recorrem aos serviços do GAV de Lisboa, residindo a maioria em Lisboa
(18,9%) e em Sintra (6,5%).
Foram registados 2.049 autores de crime, 80,9% dos quais eram homens,
com idades entre os 25 e os 54 anos (19,8%), casados (31,3%) e
empregados em 27,9% dos casos.
Em 73,4% dos casos assinalados a vitimação ocorrida foi de tipo
continuado. A duração perpetua-se, sobretudo, num espaço temporal entre
os dois e os seis anos (14,5%), mas em 6% dos casos durava entre os 12 e
20 anos e em 5% das situações há mais de 20 anos.
O principal local do crime assinalado foi a residência comum (entre vítima e autor do crime) com 45,9% das sinalizações.
A APAV refere ainda que 36% das denúncias foram formalizadas junto das entidades policiais
O GAV de Lisboa tem disponíveis serviços de apoio genérico, emocional, jurídico, psicológico e social.
Em 2014 o apoio genérico (como seja o prestar informações sobre
outras instituições, o reencaminhamento de correspondência, o apoio
emocional) destacou-se com um total de 2.034 registos, seguindo o apoio
emocional (1.461 registos).
Já dentro do apoio especializado destacou-se o apoio jurídico com 2.044 casos, seguindo-se o apoio psicológico com 225 casos.
A APAV refere que “o trabalho com as entidades policiais e com a
segurança social revelou-se crucial no apoio à vítima com registos na
ordem dos 27,7% para os órgãos de polícia criminal e 11,7% para a
segurança social”.
A maioria dos utentes (74,7%) contactou a APAV pelo telefone, mas em
13,9% dos casos esse contacto foi presencial e 11% das situações foi por
e-mail.
Em 63,7% dos casos o contacto foi feito pela vítima. Os órgãos de
polícia criminal encaminharam cerca de 7,2% utentes para os serviços da
APAV.
* Uma tragédia quando se sabe que grande parte dos agressores continua impune.
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