HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Ministro da Justiça timorense
promete reponderação após
expulsão de magistrados
O ministro da Justiça de Timor-Leste afirmou, esta segunda-feira, em Lisboa, que as autoridades timorenses vão fazer "uma reponderação" sobre as decisões que levaram à expulsão de funcionários judiciais portugueses e anunciou que a cooperação com Portugal será reformulada.
"Da parte de Timor, claro que haverá
uma reponderação sobre o que aconteceu", disse o governante timorense,
Dionísio Babo, aos jornalistas, no final de uma reunião de duas horas
com a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, que acompanhou o seu
homólogo timorense até ao exterior do ministério da Justiça,
despedindo-se dele com um abraço e um beijo, mas sem prestar declarações
aos jornalistas.
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O ministro da Justiça de Timor referia-se à expulsão de seis funcionários judiciais e de um antigo oficial da PSP portugueses, além de um procurador cabo-verdiano.
Dionísio Babo disse que a reunião com a sua homóloga "foi muito positiva".
Questionado sobre se a cooperação entre Portugal e Timor se manterá suspensa - como Paula Teixeira da Cruz anunciou,
na sequência da decisão do Governo timorense -, o governante timorense
disse que tal será avaliado pelos executivos dos dois países.
"Vamos
ver isso juntamente. Claro que a senhora ministra tomou a sua decisão e
respeitamos aquilo tudo que foi decidido aqui em Portugal,
principalmente pelo Ministério da Justiça", referiu, acrescentando:
"Vamos reformular a forma de cooperação que podemos alcançar mais
positivamente no futuro".
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Questionado sobre se o Governo de
Timor-Leste, chefiado por Xanana Gusmão, admite ter cometido um erro,
Dionísio Babo destacou que "uma cooperação" obriga a que ambas as partes
tenham "o dever de cumprir coisas".
"Deixo aqui claramente que o
povo timorense tem muito respeito ao povo português e a Portugal",
disse, justificando a decisão: "O que aconteceu há umas semanas atrás
foi uma coisa que o Estado timorense devia ter feito no âmbito do que
aconteceu lá".
"Eu compreendo a opinião pública daqui e espero que Timor, com esse acontecimento, vai reavaliar também", acrescentou.
Sem
nunca assumir se veio a Lisboa pedir desculpa pela expulsão dos
magistrados, referiu que a ministra portuguesa "compreende muito bem a
situação que Timor está a atravessar", mas disse entender igualmente "a
posição de Portugal".
Sobre o estado da relação entre os dois
países, Dionísio Babo afirmou que é "muito positiva e excelente" e que
"esta questão da justiça não deve ser um empate".
O governante
timorense disse ainda que esta terça ou quarta-feira deverá reunir-se
"com a procuradora-geral e com o presidente do Conselho Superior de
Magistratura".
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A expulsão dos magistrados, no início do mês, foi
justificada, em entrevista à Lusa, pelo primeiro-ministro timorense,
Xanana Gusmão, porque os responsáveis pelo setor judicial timorense não
acataram a resolução que determinava a suspensão dos contratos e a
realização de uma auditoria ao setor.
O ministro de Estado e dos
Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, disse na semana passada
ter "uma fundada esperança" de que a perturbação com Timor-Leste, que
expulsou seis magistrados portugueses, seja ultrapassada rapidamente,
permitindo prosseguir com a cooperação bilateral.
* 90% da população timorense não tem ainda hoje água canalizada e electricidade em casa, mas Timor tem petróleo cujas mais valias vão para o bolso dos gananciosos politicos deste actual governo e dos outros anteriores. Nenhum político em Portugal tem coragem de dizer o que atrás escrevemos, aos carrascos do povo daquele país.
Este ministro atreve-se a falar em nome do povo de Timor quando na verdade faz parte do bando do covil.
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