HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
FIFA em situação "muito delicada"
se divulgasse relatório na íntegra
A publicação integral do designado relatório Garcia, que investigou
os processos de atribuição das organizações dos Mundiais de 2018 e 2022,
colocaria a FIFA numa "situação jurídica muito delicada", explicou esta
sexta-feira o organismo.
MÃOS LIMPAS |
"Publicar integralmente o relatório
de inquérito colocaria a Comissão de Ética e a FIFA no seu todo numa
situação jurídica muito delicada", observou Hans-Joachim Eckert,
presidente da câmara de julgamento da Comissão de Ética, em entrevista
publicada no sítio oficial do organismo que rege o futebol mundial na
Internet.
A FIFA já tinha informado que o relatório de 350
páginas elaborado por Michael Garcia, antigo procurador federal
norte-americano, sobre a atribuição dos Mundiais de futebol de 2018, à
Rússia, e 2022, ao Qatar, manter-se-ia secreto, a fim de garantir a
confidencialidade das fontes. "Devemos respeitar os direitos das pessoas
mencionadas no relatório, o que pode ser comprometido caso se proceda à
sua publicação integral. Michael Garcia nunca disse que o relatório
devia ser publicado na totalidade", assinalou Hans-Joachim Eckert.
A
Rússia ganhou a corrida à organização do Campeonato do Mundo de 2018
numa segunda votação, depois de a Inglaterra ter sido eliminada na
primeira, com um total de 13 votos, contra sete da candidatura ibérica
(Portugal e Espanha) e dois do projeto conjunto entre a Holanda e a
Bélgica.
O Qatar foi escolhido para anfitrião do Mundial de
2022, na sequencia de quatro votações. Após as sucessivas eliminações da
Austrália, Japão e Coreia do Sul, o Qatar venceu a candidatura dos
Estados Unidos por 14 votos contra oito.
* Revelado o que já sabíamos, a FIFA está acima da lei, significa que os seus dirigentes são uns "fora da lei".
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