12/09/2014

.
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Despesa das famílias 
com saúde caiu em 2013

Depois de, pelo menos, dois anos a subir, a despesa directa das famílias com cuidados de saúde caiu em 2013. Já o Serviço Nacional de Saúde (SNS) terá gasto ligeiramente mais do que no ano anterior, quebrando com um ciclo de quebras.
No ano passado, as famílias portuguesas pagaram, directamente do seu bolso, 4,28 mil milhões de euros por cuidados de saúde, menos 4,7% do que no ano anterior, de acordo com a estimativa apresentada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na "Conta Satélite da Saúde 2013", divulgada esta sexta-feira, 12 de Setembro.
AUXILIAR DE  DIAGNÓSTICO
Depois de uma subida de 2% em 2011 e de 0,7% em 2012, as famílias reduziram a sua factura com saúde em 2013. O que pode em parte ser entendido pelo menor rendimento disponível dos trabalhadores do sector privado, por causa do aumento de impostos. E esta quebra teve como reflexo uma diminuição do peso da despesa corrente das famílias na despesa corrente total com a saúde. A fatia que coube aos portugueses no ano passado aproximou-se ainda assim de quase 1/3 da despesa total (28%).

Por contraponto a despesa do SNS subiu ligeiramente (0,3%) nesse período, depois de ter caído 8,7% e 7,9% nos dois anos anteriores, aumentando o seu peso na despesa corrente com saúde em 2013, para os 57,9%. Essa subida é explicada, segundo o INE, pelo "aumento da despesa com as entidades com contratos de parceria público-privada, com as entidades EPE e o aumento dos custos com pessoal (com a reintrodução do pagamento dos subsídios de férias e de Natal e o aumento da contribuição para a Caixa Geral de Aposentações".

Numa análise mais detalhada aos gastos das famílias, e recuando ao ano de 2012 para o qual há dados provisórios, verifica-se que o grosso das despesas (47,8%) são com prestadores de cuidados de saúde em ambulatório privados (clínicas), com farmácias (27,8%) e com hospitais privados (11,2%). Já o SNS repartia os seus gastos pelos hospitais públicos (52,2%), pelas farmácias (14,1%) e pelos prestadores de cuidados de saúde em ambulatório públicos.

Sector movimentou menos 2,3 mil milhões do que em 2010
Olhando para o conjunto da despesa em saúde, os dados do INE apontam para uma nova diminuição da despesa corrente em saúde em 2013 (-2,1%), embora de forma menos acentuada do que nos anos anteriores (-5,2% em 2011 e -6,6% em 212). Ao todo, em 2013, foram gastos mais de 15,28 mil milhões de euros, em despesa corrente. Recuando até 2010 é possível concluir que foram movimentados menos 2,3 mil milhões de euros no sector da saúde.

* Dada a voracidade da máquina fiscal, o desemprego que não diminui, as falências das empresas, os portugueses são forçados a aceitar a doença sem a poder combater, até o excelente SNS é caro para muitos cidadãos.

.

Sem comentários: