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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Despesa das famílias
com
saúde caiu em 2013
Depois de, pelo menos, dois anos a subir, a
despesa directa das famílias com cuidados de saúde caiu em 2013. Já o
Serviço Nacional de Saúde (SNS) terá gasto ligeiramente mais do que no
ano anterior, quebrando com um ciclo de quebras.
No ano passado, as famílias portuguesas
pagaram, directamente do seu bolso, 4,28 mil milhões de euros por
cuidados de saúde, menos 4,7% do que no ano anterior, de acordo com a
estimativa apresentada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na
"Conta Satélite da Saúde 2013", divulgada esta sexta-feira, 12 de
Setembro.
AUXILIAR DE DIAGNÓSTICO |
Depois de uma subida de 2% em 2011 e de 0,7% em 2012, as famílias
reduziram a sua factura com saúde em 2013. O que pode em parte ser
entendido pelo menor rendimento disponível dos trabalhadores do sector
privado, por causa do aumento de impostos. E esta quebra teve como
reflexo uma diminuição do peso da despesa corrente das famílias na
despesa corrente total com a saúde. A fatia que coube aos portugueses no
ano passado aproximou-se ainda assim de quase 1/3 da despesa total
(28%).
Por contraponto a despesa do SNS subiu ligeiramente (0,3%) nesse
período, depois de ter caído 8,7% e 7,9% nos dois anos anteriores,
aumentando o seu peso na despesa corrente com saúde em 2013, para os
57,9%. Essa subida é explicada, segundo o INE, pelo "aumento da despesa
com as entidades com contratos de parceria público-privada, com as
entidades EPE e o aumento dos custos com pessoal (com a reintrodução do
pagamento dos subsídios de férias e de Natal e o aumento da contribuição
para a Caixa Geral de Aposentações".
Numa análise mais detalhada aos gastos das famílias, e recuando ao
ano de 2012 para o qual há dados provisórios, verifica-se que o grosso
das despesas (47,8%) são com prestadores de cuidados de saúde em
ambulatório privados (clínicas), com farmácias (27,8%) e com hospitais
privados (11,2%). Já o SNS repartia os seus gastos pelos hospitais
públicos (52,2%), pelas farmácias (14,1%) e pelos prestadores de
cuidados de saúde em ambulatório públicos.
Sector movimentou menos 2,3 mil milhões do que em 2010
Olhando para o conjunto da despesa em saúde, os dados do INE apontam
para uma nova diminuição da despesa corrente em saúde em 2013 (-2,1%),
embora de forma menos acentuada do que nos anos anteriores (-5,2% em
2011 e -6,6% em 212). Ao todo, em 2013, foram gastos mais de 15,28 mil
milhões de euros, em despesa corrente. Recuando até 2010 é possível
concluir que foram movimentados menos 2,3 mil milhões de euros no sector
da saúde.
* Dada a voracidade da máquina fiscal, o desemprego que não diminui, as falências das empresas, os portugueses são forçados a aceitar a doença sem a poder combater, até o excelente SNS é caro para muitos cidadãos.
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