Eleições Europeias
No próximo dia 25 de Maio a Europa vai a votos para
escolher os seus representantes nacionais no Parlamento Europeu. São 751
mandatos a distribuir por 28 Estados-membros. Portugal elege 21
parlamentares num sistema de lista nacional única. As eleições são
avaliadas de acordo com o grau de importância/saliência perante o
eleitorado. As Eleições Europeias são consideradas “eleições de segunda
ordem” na medida em que não traduzem a selecção de quem governa, ao
contrário das eleições legislativas traduzindo neste sentido um
interesse secundário. A teoria das “eleições de segunda ordem” (Reif e
Schmitt, 1980) sustenta que neste tipo de actos eleitorais os eleitores
comportam-se de forma distinta: os eleitores tendem a penalizar os
partido(s) no poder e a recompensar os pequenos partidos, ainda que a
participação eleitoral seja menos expressiva em comparação com as
eleições de primeira ordem (nacionais). São muitas vezes entendidas como
um instrumento de avaliação intercalar à performance dos governos
nacionais.
No contexto actual, esta eleição assume extrema importância quer a nível interno quer a nível externo. É a oportunidade institucionalizada dos eleitores levantarem a sua voz ao modelo de governação/económico impresso pela União Europeia com impactos significativos na política dos Estados. Para lá das visões eurocépticas e/ou da distância dos eleitores em relação às instituições europeias, importa fazer uma avaliação à trajectória de austeridade e empobrecimento conduzida pelo directório europeu, especialmente aos países da Europa do Sul. Existem várias opções políticas que consubstanciam alternativas ao modelo de governação europeia e ao papel das instituições supra-nacionais, e são estas alternativas que deverão determinar a mobilização do voto.
Não é apenas o tempo do “jogo político”, é o tempo de garantir a sobrevivência dos Estados enquanto membros de uma União, a dignidade dos Europeus e a sustentabilidade de uma identidade política, recusando a hegemonia dos mais fortes e garantindo as “solidariedades de facto”.
O grande desafio, não é a candidatura ou partido A, B, C ou D, e tão pouco o candidato X, Y ou Z. O grande desafio é perceber qual o projecto político que encerram; quais as propostas e as soluções que preconizam para uma Europa que «está farta de não existir ainda [e que] está farta de ser um arrabalde de si própria» (Ultimatum de Álvaro de Campos, 1917).
No contexto actual, esta eleição assume extrema importância quer a nível interno quer a nível externo. É a oportunidade institucionalizada dos eleitores levantarem a sua voz ao modelo de governação/económico impresso pela União Europeia com impactos significativos na política dos Estados. Para lá das visões eurocépticas e/ou da distância dos eleitores em relação às instituições europeias, importa fazer uma avaliação à trajectória de austeridade e empobrecimento conduzida pelo directório europeu, especialmente aos países da Europa do Sul. Existem várias opções políticas que consubstanciam alternativas ao modelo de governação europeia e ao papel das instituições supra-nacionais, e são estas alternativas que deverão determinar a mobilização do voto.
Não é apenas o tempo do “jogo político”, é o tempo de garantir a sobrevivência dos Estados enquanto membros de uma União, a dignidade dos Europeus e a sustentabilidade de uma identidade política, recusando a hegemonia dos mais fortes e garantindo as “solidariedades de facto”.
O grande desafio, não é a candidatura ou partido A, B, C ou D, e tão pouco o candidato X, Y ou Z. O grande desafio é perceber qual o projecto político que encerram; quais as propostas e as soluções que preconizam para uma Europa que «está farta de não existir ainda [e que] está farta de ser um arrabalde de si própria» (Ultimatum de Álvaro de Campos, 1917).
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA"
08/05/14
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