HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
UE aplica primeiras sanções
contra empresas russas
Os responsáveis europeus decidiram hoje congelar os activos de duas empresas da Crimeia, em represália contra a realização de referendos no Leste da Ucrânia.
Após uma reunião realizada esta manhã em Bruxelas, os Ministros dos
Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram ampliar em 13 nomes a
‘lista negra' de responsáveis russos e ucranianos que têm os seus
activos congelados, e cuja visita ao espaço europeu está interdito.
Estes responsáveis tomaram ainda a medida inédita para a Europa de congelar os activos de duas empresas da Crimeia, que foram expropriadas quando a região foi anexada pela Rússia, em Março. As identidades dos indivíduos e firmas visados ainda não foram divulgadas.
Estes responsáveis tomaram ainda a medida inédita para a Europa de congelar os activos de duas empresas da Crimeia, que foram expropriadas quando a região foi anexada pela Rússia, em Março. As identidades dos indivíduos e firmas visados ainda não foram divulgadas.
Fontes diplomáticas
citadas pelas agências internacionais notam que o alcance das sanções é
inferior ao que havia sido previsto inicialmente, tendo o objectivo
inicial de cinco companhias alvo de sanções sido reduzido a duas devido a
dissensões internas. Ainda assim, o facto de empresas estarem agora a
ser sancionadas directamente significa que a Europa admite que a sua
prática de se limitar a acrescentar nomes à lista de indivíduos
sancionados - e que agora ascende a 61 pessoas - não é suficiente para
travar as ambições russas, e contrasta fortemente com as acções já
tomadas pelos EUA, que já aplicaram sanções contra 17 empresas russas.
A decisão de aplicar novas sanções foi justificada pelos ministros europeus com as dúvidas que a Europa tem de que Moscovo possa estar a recuar na sua estratégia de desestabilização da Ucrânia, mas que a famosa ‘fase três' das sanções [as que teriam um impacto económico real] só irá avançar se o presidente russo Vladimir Putin recusasse aceitar as eleições ucranianas do dia 25 de Maio, ou faça movimentos militares com as tropas que tem na fronteira.
"É importante demonstrar que estamos prontos para a ‘terceira fase' de sanções, dependendo da atitude da Rússia perante as eleições do dia 25. Isso é o mais importante", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague.
A situação entre a Europa e a Rússia continua tensa depois das regiões rebeldes ucranianas de Donetsk e Luhansk terem anunciado que 89,09% e 96,20% dos eleitores votaram a favor da federalização da região, numas eleições que são denunciadas pelo Ocidente e pelas autoridades ucranianas como ‘ilegais' e ‘fraudulentas'. Já Moscovo tem uma opinião diferente dos factos, tendo apelado aos responsáveis ocidentais para que "aceitem de modo civilizado" o resultado dos referendos na Ucrânia.
A decisão de aplicar novas sanções foi justificada pelos ministros europeus com as dúvidas que a Europa tem de que Moscovo possa estar a recuar na sua estratégia de desestabilização da Ucrânia, mas que a famosa ‘fase três' das sanções [as que teriam um impacto económico real] só irá avançar se o presidente russo Vladimir Putin recusasse aceitar as eleições ucranianas do dia 25 de Maio, ou faça movimentos militares com as tropas que tem na fronteira.
"É importante demonstrar que estamos prontos para a ‘terceira fase' de sanções, dependendo da atitude da Rússia perante as eleições do dia 25. Isso é o mais importante", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague.
A situação entre a Europa e a Rússia continua tensa depois das regiões rebeldes ucranianas de Donetsk e Luhansk terem anunciado que 89,09% e 96,20% dos eleitores votaram a favor da federalização da região, numas eleições que são denunciadas pelo Ocidente e pelas autoridades ucranianas como ‘ilegais' e ‘fraudulentas'. Já Moscovo tem uma opinião diferente dos factos, tendo apelado aos responsáveis ocidentais para que "aceitem de modo civilizado" o resultado dos referendos na Ucrânia.
Moscovo disse hoje recusar voltar a entrar em diálogo com as
autoridades de Kiev, tendo antes instado o novo regime a falar
directamente com os rebeldes, de modo a encontrar uma situação de
compromisso.
Já o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, exilado perto de Moscovo, emitiu hoje um comunicado no qual diz que Kiev passou do ponto de não retorno, ao usar meios militares contra a população russa de Donetsk e Luhansk.
"Por que é que uma maioria dos habitantes foi votar no referendo por uma forma qualquer de Estado que não seja a que permite chamar terroristas aos seus habitantes e matá-los impunemente? Porque já se chegou ao limite de paciência do povo ucraniano", acusou o ex-chefe de Estado.
Para mostrar o seu novo apoio às autoridades de Kiev, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, encontra-se hoje na capital ucraniana para se encontrar com o primeiro-ministro interino do país, Arseniy Yatsenyuk, o qual por seu turno se vai deslocar amanhã a Bruxelas para um encontro com a Comissão Europeia.
Já o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, exilado perto de Moscovo, emitiu hoje um comunicado no qual diz que Kiev passou do ponto de não retorno, ao usar meios militares contra a população russa de Donetsk e Luhansk.
"Por que é que uma maioria dos habitantes foi votar no referendo por uma forma qualquer de Estado que não seja a que permite chamar terroristas aos seus habitantes e matá-los impunemente? Porque já se chegou ao limite de paciência do povo ucraniano", acusou o ex-chefe de Estado.
Para mostrar o seu novo apoio às autoridades de Kiev, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, encontra-se hoje na capital ucraniana para se encontrar com o primeiro-ministro interino do país, Arseniy Yatsenyuk, o qual por seu turno se vai deslocar amanhã a Bruxelas para um encontro com a Comissão Europeia.
* Ainda vai correr muito sangue e os pobres da Europa vão ficar mais pobres.
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