HOJE NO
"A BOLA"
Robertson à beira da imortalidade
O australiano Neil Robertson, número um do ‘ranking’ mundial da World Snooker, ficou esta segunda-feira a um passo da histórica marca das 100 entradas de mais de 100 pontos (‘centuries) nesta temporada de 2013/15, durante o Mundial, que decorre até 5 de maio em Sheffield (Inglaterra).
No encontro dos oitavos de final, frente ao norte-irlandês Mark Allen, o número um da hierarquia mundial (e campeão em 2010) chegou às 99 entradas (ou tacadas) superiores a 100 pontos esta época, num encontro em que venceu por 13-7.
A histórica marca deverá ser atingida terça ou quarta-feira, no encontro dos quartos de final que oporá o australiano ao vencedor do encontro entre o inglês Judd Trump e o galês Ryan Day, que será retomado ainda esta segunda-feira, com vantagem, para já, para o primeiro, por 10-6, à melhor de 25 partidas (‘frames’): vence o primeiro a chegar a 13.
Para se ter uma noção da estrondosa proeza de Roberston, é forçoso referir que o anterior recorde, estabelecido pelo inglês Judd Trump em 2012/13, era de 61 `breaks` centenários (`centuries): o australiano já leva mais 36, e está nos quartos de final da última prova da temporada...
Os oitavos de final, ou segunda ronda, trouxeram ainda provavelmente o jogo mais difícil dos últimos três anos para o pentacampeão mundial, Ronnie O’Sullivan, diante do compatriota inglês Joe Perry.
Numa batalha memorável, com Perry a exibir-se a níveis desconhecidos e o ‘Rocket’ abaixo do seu valor nas duas primeiras sessões, Perry chegou ao último dia sempre em vantagem (5-3 e 9-7).
Mas na manhã de domingo, Ronald Antonio O’Sullivan mostrou porque é considerado o mais dotado e predestinado da modalidade, campeão mundial em 2001, 2004, 2008, 2012 e 2013: venceu a última sessão por 6-2, e o encontro por 13-11. E festejou efusivamente, o que dá bem a ideia de como viu a eliminação surpresa bem perto.
Pelo caminho ficou já, também, o tetracampeão mundial (em 1998, 2007, 2009 e 2011) e número nove mundial, o escocês John Higgins, às mãos do compatriota Alan McManus, por 7-10.
Com estrondo caiu o segundo do ‘ranking’, Ding Junhui, já vencedor de cinco provas ‘major’ esta época: o chinês foi sensacionalmente derrotado por Michael Wasley na ‘negra’ (9-10).
Das qualificações não passaram o hexacampeão mundial (em 1981, 1983, 1984, 1987, 1988 e 1989), o inglês Steve Davies, mas também Mark Williamsn, bicampeão mundial (2000 e 2003) e número 18 da hierarquia.
O conquistador do Crucible Theatre em 2002, Peter Ebdon (Inglaterra), e o campeão mundial de 2006 e número 17 do Mundo, o escocês Graeme Dott, também não ultrapassaram o ‘qualifying’.
Já Shawn Murphy, campeão mundial em 2005 e número cinco do mundo, trava dura batalha com o chinês (natural de Hong-Kong) Marco Fu, sétimo da hierarquia: 9-7 para o inglês, a batalha continua a partir das 19 horas desta segunda-feira, altura em que Judd Trump e Ryan Day decidem, também, a outra das duas vagas nos oito melhores.
Nesta altura, todos começam a sonhar com uma final entre o ‘Rocket’ e Neil Robertson, sendo certo que o australiano terá um caminho bem mais difícil até ao jogo decisivo: depois de ultrapassar Trump ou Day, espera-o, muito provavelmente, o número três mundial, o inglês Mark Selby.
O Campeonato do Mundo iniciou-se a 19 do corrente mês e decorre até 5 de maio, no Crucible Theatre, em Sheffield (Inglaterra). A prova distribui um total de 1,3 milhões de euros em prémios, com o vencedor a embolsar 360 mil euros e o finalista vencido 140 mil euros.
Ronnie O’Sullivan é o principal favorito a revalidar o título, que conquistou já um total de cinco vezes mas nas duas últimas edições.
O ‘Rocket’ procura a sexta coroa, e assim igualar o compatriota Steve Davis ao conseguir o ‘hexa’. Ficará a um do escocês Stephen Hendry, único a vencer o Mundial sete vezes, e cinco consecutivos: 1990, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996 e 1999.
Os quartos de final serão jogados, tal como os ‘oitavos’, ainda, à melhor de 25 ‘frames’ (vence o primeiro a chegar a 13, de 13-0 a possíveis 13-12), as meias-finais à melhor de 33 partidas (vence o primeiro a somar 17 vitórias, de 17-0 a possíveis 17-16) e a final à melhor de 35 partidas: o campeão tem de vencer 18 ‘frames` (18-0 a possíveis 18-17).
* Percebemos muito pouco de snooker, mas o autor desta notícia é um expert, portanto os resultados indicados devem ser mesmo fenomenais. Fica a notícia para os entendidos.
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