HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Investigadores portugueses vão testar nova descoberta
Vacina contra a malária mais perto
Uma equipa de investigadores portugueses modificou geneticamente parasitas da malária em roedores para estes obrigarem o sistema imunitário humano a combater o parasita em pessoas e vão receber 1,2 milhões de dólares da Fundação Gates para testar a descoberta.
Miguel Prudêncio, investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) e responsável pela pesquisa, disse que o projeto começou há três anos, altura em que obteve um financiamento de 100 mil dólares para demonstrar a ideia, que visa obter uma vacina contra a malária.
Este financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates permitiu à equipa fundamentar a investigação, demonstrando, nomeadamente, que o parasita de roedores tinha a capacidade de infetar as células de fígado humano, fase necessária para gerar imunidade.
Ao nível da segurança, avançou Miguel Prudêncio, a equipa provou que “o parasita é seguro para usar em seres humanos, porque não tem a capacidade de completar o seu ciclo de vida dentro dos glóbulos vermelhos humanos”.
Para demonstrar a eficácia da ideia, os investigadores mostraram que “o tal parasita de roedores geneticamente modificado para expressar uma proteína de um parasita que infeta humanos tinha a capacidade de espoletar uma resposta imunitária capaz de identificar e reconhecer o parasita humano e capaz de inibir a infeção pelo parasita humano”.
Estas provas permitiram à equipa avançar para a Fase II do programa Grand Challenges Explorations (GCE) e obter um financiamento de 1218 mil dólares por um período de um ano.
O financiamento será aplicado na realização de experiências pré-clínicas e no desenvolvimento do processo regulatório com vista à obtenção de autorização para o início de ensaios clínicos em humanos para a vacina da malária, a realizar na Holanda. “O que fizemos até aqui são ensaios pré-clínicos (laboratoriais, com modelos animais ou células em cultura). O que pretendemos agora é avançar para ensaios em seres humanos e este financiamento vem neste sentido.
Não é para começar já os ensaios humanos, mas obter as condições necessárias para avançar com os ensaios clínicos”.
Os ensaios deverão realizar-se na Holanda, num “centro com grande experiência nestes centros experimentais” e em voluntários saudáveis (holandeses).
* Mais uma vez a Inteligência Portuguesa a evidenciar-se.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário