HOJE NO
"PÚBLICO"
Baixar, proteger e aguardar.
Está preparado para um sismo?
A data: sexta-feira, 11 de Outubro, às 11h10. O desafio: parar tudo o
que estiver a fazer para executar os três gestos básicos de
autoprotecção em caso de sismo. A proposta é da Autoridade Nacional de
Protecção Civil (ANPC) para lembrar que os sismos, ao contrário deste
exercício, não têm hora marcada.
A iniciativa, designada A Terra Treme,
dura apenas um minuto. É o tempo suficiente para treinar a resposta a
um sismo: baixar-se sobre os joelhos, proteger-se debaixo de uma mesa ou
de uma cama, por exemplo, e esperar até que o tremor de terra acabe.
Pode ser feito individualmente ou em grupo, em qualquer lugar.
Estes três gestos são apenas um dos sete passos a dar antes, durante e após a ocorrência de um sismo. No seu boletim mensal,
a ANPC lembra os restantes. Primeiro, identificar e minimizar riscos em
casa, fixando os objectos que podem soltar-se e cair, tendo um extintor
à mão e explicando às crianças o que fazer nestas situações. Importante
é também elaborar um plano de emergência para que todos saibam como
agir em caso de sismo e ter à mão um kit com os objectos básicos para utilizar nestes casos.
Outros
passos são conhecer os pontos fracos do edifício onde se mora, trabalha
ou estuda. Cuidar dos mais vulneráveis e saber o que não fazer durante e
após um sismo, e respeitar as indicações das autoridades são as outras
recomendações.
A Terra Treme é uma iniciativa inspirada no exercício norte-americano ShakeOut,
que vai ao encontro das propostas inscritas no Quadro de Acção de Hyogo
2005-2015, assinado por 168 Estados-membros das Nações Unidas, com
medidas para a redução de catástrofes. A ANPC quer envolver o maior
número possível de pessoas e organizações neste exercício, pedindo que
todos os participantes se inscrevam no site criado para o efeito.
Por
se encontrar perto da fronteira entre as placas euroasiática e
africana, e por existirem várias falhas activas junto à costa, Portugal
está sujeito ao risco sísmico. Não é preciso recuar muito no tempo para o
relembrar: quase todos os dias são registados sismos de fraca intensidade no território continental e nas ilhas.
No
seu boletim mensal, a ANPC lembra outros terramotos mais intensos: o
que abalou o Faial (Açores) em 1998, o da Terceira (Açores) em 1980,
outro em 1969 sentido no Algarve, ou o que foi sentido em Benavente em
1909. E ainda o terramoto de 1755, o maior de sempre registado na
Europa, com magnitude estimada em 8,75 na escala de Richter.
* Tome atenção.
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