HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Timor-Leste pede apoio de Portugal
na economia e combate à pobreza
O presidente de Timor-Leste pediu, esta sexta-feira, o apoio de Portugal
no desenvolvimento económico do país e no combate à pobreza, afirmando
que as conquistas dos timorenses, nomeadamente a paz e a democracia, são
também dos portugueses.
Em declarações aos jornalistas no
Palácio de Belém, em Lisboa, após uma reunião com o presidente da
República portuguesa, Cavaco Silva, Taur Matan Ruak recordou que, em
pouco mais de 11 anos, "Timor-Leste conseguiu construir um Estado,
conseguiu a paz e a reconciliação, conseguiu a democracia e reforçou a
tolerância".
"Esta conquista não é só dos timorenses, é também dos portugueses", disse o chefe de Estado timorense.
No entanto, afirmou que Timor-Leste tem pela frente outra grande
batalha: a do desenvolvimento económico e do combate à pobreza. "Nesta,
nós queremos continuar a contar com o apoio dos portugueses e de
Portugal", afirmou.
O líder timorense recordou ainda que a partir de julho próximo
Timor-Leste assume a presidência rotativa da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), destacando "duas grandes questões" em cima da
mesa: o eventual alargamento da organização à Guiné Equatorial e a crise
política na Guiné-Bissau.
Sobre este último tema, sublinhou que Timor-Leste "trabalha com o
representante do secretário-geral das Nações Unidas para que as eleições
na Guiné-Bissau se realizem rapidamente" e disse concordar com as
declarações do Presidente da República Portuguesa, que também se
referira ao assunto na mesma conferência de imprensa conjunta.
Minutos antes, o chefe de Estado português defendera a necessidade de um
retorno da Guiné-Bissau à ordem constitucional, o que passaria por
"pressionar as autoridades de facto, mas que não têm neste momento
legitimidade popular, a realizarem as eleições ainda este ano e voltar a
uma situação em que o poder militar está subordinado ao poder civil
legitimado em eleições".
Taur Matan Ruak encontra-se em visita de Estado a Portugal a convite do presidente português.
A visita do chefe de Estado timorense, que viaja acompanhado da mulher,
Isabel da Costa Ferreira, começou esta sexta-feira com a colocação de
uma coroa de flores no túmulo de Luís Vaz de Camões no mosteiro dos
Jerónimos e prosseguiu no Palácio de Belém onde, após honras militares e
a assinatura do livro de honra se reuniu com o homólogo português.
Do Palácio de Belém, o presidente de Timor-Leste seguiu para a
residência oficial do primeiro-ministro, que o receberá e lhe oferecerá
depois um almoço.
Taur Matan Ruak será ainda recebido pela presidente da Assembleia da
República, Assunção Esteves, e pelo Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, António Costa.
No final do dia, Cavaco Silva irá ainda oferecer um jantar de Estado em
honra de Taur Matan Ruak, no Palácio da Cidadela de Cascais.
* Apesar da crise portuguesa Portugal tem obrigação ética de ajudar Timor e pedir ajuda à Europa para o fazer.
Lembramo-nos, já no Portugal democrático, a insensibilidade das nossas autoridades à luta do povo timorense, uma única voz falava em sua defesa, Duarte Pio de Bragança, tem essa honra.
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